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Cercadas por sanções políticas e econômicas, Rússia e China se aproximam

ÀS SETE - Após a ofensiva contra diplomatas russos e as taxas impostas aos produtos chineses, os países se reúnem para discutir novas estratégias

Rússia e China: na pauta haverá a discussão do calendário para uma reunião entre os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China (Greg Baker-Pool/Getty Images)

Rússia e China: na pauta haverá a discussão do calendário para uma reunião entre os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China (Greg Baker-Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2018 às 06h28.

Última atualização em 27 de março de 2018 às 07h25.

A Rússia, que teve mais de 130 diplomatas expulsos de 20 países ao redor do mundo — incluindo Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos — recebe nesta terça-feira o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi. Ele vai a Moscou para um encontro com o ministro russo Sergey Lavrov.

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Na pauta estão conversas sobre a atual parceria estratégica entre os dois países, além de discussão do calendário para uma reunião entre os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China, no segundo semestre do ano.

É o evento principal nas relações bilaterais entre as nações, que deve focar em comissões para discutir energia, investimentos, cooperação cultural, bem como ajuda russa no extremo-leste e nordeste da China, na região de Baikal.

A expulsão de diplomatas de fronteiras no Ocidente é uma resposta ao episódio do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e de sua filha em Salisbury, no Reino Unido, no dia 4 de março. O movimento é marcante em um momento de retomada da Rússia como protagonista no cenário internacional.

Se por um lado o Ocidente se distancia do país, há quem se mantenha por perto: Japão e Israel, tradicionais aliados americanos, por exemplo, não retiraram os russos de seus países.

Os japoneses mantêm conversas próximas com a Rússia e Israel sabe da força recente que o país tem desempenhado no Oriente Médio — assim como Brasil, Índia e China, essas nações tentam se manter afastadas da polêmica.

Com os recentes atritos que a China tem encontrado com os Estados Unidos, como as imposições de tarifas em aço e alumínio ou mesmo as ameaças do presidente Donald Trump de sobretaxar o país em 60 bilhões de dólares por roubo de propriedade intelectual, é natural que os chineses busquem por novos parceiros.

Na semana passada o primeiro ministro chinês Li Keqiang afirmou que uma parceria com a Rússia não é benéfica apenas para os dois países, mas para o mundo todo.

Nesta segunda-feira, surgiram até mesmo rumores de uma visita do polêmico Kim Jong-Un a Pequim, o que marcaria a primeira visita de Estado do ditador norte-coreano. Cientes das mudanças no cenário internacional, os chineses se movimentam. 

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