O ministro do Interior, Juan Zapata, disse que na última semana houve um "pico altíssimo de mortes violentas" (AFP/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 1 de outubro de 2023 às 12h05.
Ao menos mil agentes, entre policiais e militares, entraram, neste sábado, 3,, em Durán, cidade vizinha a Guayaquil e foco da violência do crime organizado no Equador, informaram as autoridades.
Fortemente armados, os agentes fizeram batidas em residências e percorreram as empoeiradas ruas de bairros pobres em busca de armas, explosivos e drogas. Durante a operação, foram encontrados fuzis, revólveres, cerca de 1.500 munições, coletes à prova de balas e explosivos, segundo um balanço das Forças Armadas.
O presidente equatoriano, Guillermo Lasso, acompanhou o início das operações com um apelo aos agentes usarem as armas contra as quadrilhas, um mal crescente no país, juntamente com o narcotráfico.
"Usem a arma contra os violentos, contra os que acharam que este cantão é território de máfias, de grupos criminosos organizados", disse o presidente.
O ministro do Interior, Juan Zapata, disse que na última semana houve um "pico altíssimo de mortes violentas", mas que estas diminuíram de 36 a 7 (por semana) com a presença da polícia e dos militares.
O ministro explicou que "95% das mortes são (causadas pela) violência criminosa" em Durán.
Além disso, entre janeiro e setembro, 16 policiais foram mortos e 30 ficaram feridos por armas de fogo, segundo a unidade policial da zona 8, que abrange as cidades de Guayaquil, Durán e Samborondón, no sudoeste do país.
Em imagens compartilhadas pela pasta e pelas Forças Armadas, veem-se militares com armas longas revistando motociclistas. Também há vídeos de policiais derrubando portas de residências e revisando civis.
Os homicídios quadruplicaram nas ruas do Equador entre 2018 e 2022, alcançando o recorde de 26 por 100.000 habitantes.
Esta taxa no país de 16,9 milhões de habitantes, segundo o censo de 2022, chegará a 40 este ano.
Concomitantemente com a operação em Durán, cerca de 800 policiais e militares entraram em um dos pavilhões da Penitenciária de Guayaquil para fazer uma revista em busca de armas no contexto de um estado de exceção que vigora em todo o sistema carcerário.
Desde fevereiro de 2021, cerca de 430 presos foram mortos em confrontos, que deixam um rastro de corpos esquartejados e carbonizados nas prisões, usadas como centros operacionais das organizações vinculadas a cartéis do México e da Colômbia.