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Cerca de 800 mulheres gestantes morrem por dia no mundo

Cerca da metade das mortes de menores de cinco anos acontecem nos 28 primeiros dias de vida e mais de dois terços delas se concentraram em 2013


	Mulher grávida: Sudão do Sul e a República Democrática do Congo foram os países onde houve mais casos de mortalidade materna, com 730 mortes por cada 100 mil partos
 (Wikimedia Commons)

Mulher grávida: Sudão do Sul e a República Democrática do Congo foram os países onde houve mais casos de mortalidade materna, com 730 mortes por cada 100 mil partos (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2015 às 14h52.

Nova Délhi - Cerca de 800 mulheres morrem todos os dias no mundo por causa de complicações na gravidez ou no parto, apesar de a mortalidade materna ter caído mais de 44% nas últimas duas décadas, segundo dados da ONU divulgados nesta quinta-feira na Cúpula Apelo à Ação 2015 de Nova Délhi.

Cerca da metade das mortes de menores de cinco anos acontecem nos 28 primeiros dias de vida e mais de dois terços delas se concentraram em 2013 em 24 países asiáticos e africanos, que nestes dias participam na capital indiana de um fórum internacional sobre mortalidade infantil e materna.

Sudão do Sul e a República Democrática do Congo foram os países onde houve mais casos de mortalidade materna, com 730 mortes por cada 100 mil partos, segundo dados da Agência dos Estados Unidos para Desenvolvimento Internacional (Usaid, sigla em inglês).

Mali foi o que registrou mais mortes de crianças menores de cinco anos, 123 por cada mil nascimentos, uma taxa que no Congo ficou em 2013 em 118 e na Nigéria em 117.

Desde 2009, a taxa de mortalidade materna nessas 24 nações foi caindo a um ritmo anual de 3,3% e a infantil a 3,9%, significativamente acima da queda de 3,3% e 3%, respectivamente, que registravam durante o período 1990-2008.

"Estamos caindo em uma tendência boa, mas queremos reduzi-las muito mais rápido. Se a tendência continuar como está, não chegaremos aos objetivos traçados para 2030 e 2035", advertiu em declarações à Efe a diretora de Comunicação do Unicef na Índia, Caroline den Dulk.

Ela disse que o processo se encontra em sua "parte mais árdua", já que quem falta ser ajudado são "os mais vulneráveis a estes problemas", mas também "os mais difíceis de atingir" por causa de sua localização geográfica, por serem nômades ou minorias sem acesso a serviços de saúde.

De acordo com dados globais das Nações Unidas, um em cada quatro crianças nasce sem atendimento qualificado, enquanto apenas uma de cada duas mulheres recebe os cuidados necessários durante a gravidez.

Globalmente não foram alcançadas nenhuma das duas metas marcadas como Objetivos do Milênio para a redução destes dois tipos de mortalidade e cuja data limite termina no final deste ano.

"Se queremos fazer uma mudança global reduzindo as mortes de mães e crianças, estes 24 países podem marcar a maior diferença. Se eles podem diminuir estes números, o mundo atingirá os objetivos marcados", asseverou.

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