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Cerca de 2,5 mil jovens contraem o HIV por dia, revela Unicef

Segundo o levantamento, 41% das pessoas que adquirem o vírus têm entre 15 e 24 anos; mulheres são maioria

Segundo o estudo da Unicef, os jovens são o grupo que tem o maior risco de ser contaminado

Segundo o estudo da Unicef, os jovens são o grupo que tem o maior risco de ser contaminado

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2011 às 13h08.

Johanesburgo - Cerca de 2,5 mil jovens contraem o vírus do HIV diariamente no mundo todo, segundo um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), apresentado nesta quarta-feira em Johannesburgo.

Segundo o documento, elaborado pelo Unicef em conjunto com outras agências das Nações Unidas e o Banco Mundial, 41% dos contágios se produzem entre pessoas de 15 a 24 anos, o que situa este grupo como o de maior risco, com um número de entre 4,3 milhões e 5,9 milhões de casos no mundo.

Calcula-se que cerca de 60% dos jovens soropositivos sejam mulheres; um número que se eleva para 72% na África Subsaariana, a região mais afetada do mundo, segundo o relatório publicado pelo Unicef.

"Para muitas mulheres, a infecção é resultado de maus-tratos, exclusão e estupros", assegurou o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, através de comunicado divulgado pela imprensa.

Segundo os dados da Agência das Nações Unidas para a Aids (Unaids), incluídos no documento, a África do Sul e a Nigéria são os dois países do mundo com um maior número de casos entre jovens de 15 a 25 anos, com um número estimado em meio milhão de pessoas infectadas.

A África do Sul lidera a lista de novos contágios no mundo todo, com cerca de 190 mil novos soropositivos em 2009, segundo dados da Unaids, que revela que a maioria deles não sabe que tem a doença.

"É vital realizar testes antecipados. Nós nos propusemos a realizar 15 milhões de testes até o final de junho, e 11,9 milhões de sul-africanos já sabem se estão infectados ou não", explicou nesta quarta-feira durante a apresentação do relatório a diretora do departamento de Saúde da África do Sul.

Elhadj As Sy, diretor do Unicef para o leste e o sul da África, reconheceu que a aids "demonstrou ser a peste de nossas sociedades" e acrescentou que o relatório "não é nada agradável", mas revela o panorama que o mundo enfrenta.

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