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Cerca de 17 mil civis fugiram de Faluja, diz Iraque

Nos últimos dias foram enviadas desde Bagdá duas caravanas de caminhões com novas ajudas para cobrir as necessidades dos refugiados nos acampamentos


	Fallujah: nos últimos dias foram enviadas desde Bagdá duas caravanas de caminhões com novas ajudas para cobrir as necessidades dos refugiados nos acampamentos
 (Thaier Al-Sudani / Reuters)

Fallujah: nos últimos dias foram enviadas desde Bagdá duas caravanas de caminhões com novas ajudas para cobrir as necessidades dos refugiados nos acampamentos (Thaier Al-Sudani / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2016 às 09h10.

Bagdá - Cerca de 17 mil civis fugiram da cidade de Faluja e seus arredores como consequência dos combates entre o Exército do Iraque e o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), informou nesta quinta-feira o Crescente Vermelho iraquiano.

A organização humanitária explicou, em comunicado, que o notável aumento do número de deslocados aconteceu em paralelo à escalada de violência na cidade, sobre a qual as forças governamentais lançaram uma ofensiva em 23 de maio.

O Crescente Vermelho destacou que até agora forneceu alimentos e água a mais de 9 mil civis deslocados e prestou diferentes tipos de serviços de saúde para mais 5 mil pessoas fugas de Faluja.

Nesse sentido, nos últimos dias foram enviadas desde Bagdá duas caravanas de caminhões com novas ajudas para cobrir as necessidades dos refugiados nos acampamentos de Ameriya al Faluja e Al Habaniya, próximas a Faluja.

O Crescente Vermelho também presta atendimento médico e psicológico, assim como ajuda na evacuação de famílias da zonas em conflitos.

As principais organizações humanitárias advertiram ontem desde Genebra que lutam contra o relógio para fazer chegar ajuda urgente aos foragidos de Faluja, uma das grandes cidades iraquianas controlada pelo EI e onde permanecem cerca de 50 mil civis.

Um dos deslocados, que no comunicado é identificado como Jassim Mohammed, disse que Faluja carece da maioria dos serviços médicos e que é quase impossível conseguir remédios.

"Não tivemos mais alternativa do que fugir e me refugiar em acampamentos de amparo, já que aqui o Crescente Vermelho Iraquiano nos ajuda com atendimento de saúde, alimentos e água", explicou.

Segundo o presidente do Crescente Vermelho Iraquiano, Yasser Ahmed Abbas, sua organização se esforça para satisfazer as necessidades de todos os deslocados, já que "está presente em primeira linha em Faluja e em outras zonas do Iraque que enfrentam enormes desafios".

A organização acrescenta que o Ministério iraquiano de Migração e Expatriados abriu sete acampamentos de amparada em Ameriya ao Faluja, em colaboração com setores locais e organizações internacionais.

O EI resiste uma ofensiva lançada há duas semanas pelas forças governamentais iraquianos com o apoio dos Estados Unidos. 

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