Mundo

Cepal prevê redução em crescimento da América Latina

Brasília - Economias latino-americanas e caribenhas devem crescer em 2010, mas em níveis menores do que nos últimos cinco anos. A previsão é da Comissão Econômica para Países da América Latina e Caribe (Cepal) que promove em Brasília seu 33º período de sessões. O secretário executivo adjunto da Cepal, Antônio Prado, analisou que a instabilidade […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Economias latino-americanas e caribenhas devem crescer em 2010, mas em níveis menores do que nos últimos cinco anos. A previsão é da Comissão Econômica para Países da América Latina e Caribe (Cepal) que promove em Brasília seu 33º período de sessões. O secretário executivo adjunto da Cepal, Antônio Prado, analisou que a instabilidade do mercado internacional ainda é muito grande.

Mesmo diante do incremento do mercado chinês, principal parceiro econômico de vários países da região, o desequilíbrio das economias europeias e norte-americana deve afetar as demais economias.

"É necessário considerar que ainda não houve um saneamento das principais economias do mundo. Nem todos os prejuízos apareceram. Certamente a instabilidade dos mercados dos Estados Unidos e dos países da Europa afetará as economias dos países da região. Ainda não se sabe quanto, mas aferá", disse o economista.

Segundo Prado, haverá crescimento, mas "com um nível menor". Ele acredita, no entanto, que os países da região devem ter expansão acima da média do desempenho mundial.

O economista ainda alertou que os países da América Latina e Caribe estão perdendo participação em relação a países da Ásia e alguns da África, o que demonstra a existência de entraves para o desenvolvimento econômico. Uma das dificuldades é a falta de incentivos à inovação tecnológica, que, no entender da Cepal, é um investimento que deve ser feito pelos governos de cada país da região.

Prado ressaltou que, nos seis anos que antecederam a crise financeira mundial, os países da América Latina e do Caribe conseguiram crescer em níveis inéditos e distribuir renda. A pobreza na região reduziu de 44% da população para 33%, o mais baixo nível da história. No entanto, a Cepal estima que, com a crise, cerca de 9 milhões de pessoas que haviam deixado a faixa mais baixa de renda, retornaram a ela.

O 33º período de sessões da Cepal começou ontem (30) e ocorre até amanhã (1º). Participam do encontro representantes de mais de 50 países. Ontem, a Cepal lançou o documento A Hora da Igualdade: Brechas a Fechar, Caminhos a Abrir, no qual recomenda maior participação do estados na economia de cada país e a adoção de políticas públicas que distribuam renda e promovam a igualdade.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoIndicadores econômicosPIB

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru