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Centros judaicos recebem ameaças de bomba nos EUA

Ao menos 11 centros comunitários judaicos tiveram que ser evacuados nesta segunda-feira

Judaismo: casos elevam a 69 o número total de tais incidentes no último mês (thinkstock)

Judaismo: casos elevam a 69 o número total de tais incidentes no último mês (thinkstock)

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AFP

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 14h07.

Ao menos 11 centros comunitários judaicos nos Estados Unidos receberam ameaças de bomba que levaram a evacuações nesta segunda-feira, na mais recente onda de ataques desde que Donald Trump assumiu a presidência, há um mês.

As últimas ameaças, em 11 locais separados, elevam a 69 o número total de tais incidentes - em 54 centros da comunidade judaica em 27 estados dos Estados Unidos e em uma província canadense -, de acordo com a Associação JCC da América do Norte.

A associação ressaltou, porém, que todas as ameaças de bomba feitas na segunda-feira, assim como as recebidas em 9, 18 e 31 de janeiro, revelaram ser falsas e que os centros comunitários retomaram suas operações normais.

O FBI e a Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça estão investigando os incidentes.

Enquanto isso, a mídia local informou que mais de 100 lápides foram danificadas em um cemitério judeu em St Louis, Missouri.

"No último fim de semana, pessoas desconhecidas derrubaram várias lápides de monumentos dentro do cemitério", disse a polícia da Cidade Universitária em um comunicado.

A polícia se negou a confirmar o número de lápides danificadas no Cemitério Chesed Shel Emeth, enquanto revisava os vídeos de vigilância da propriedade e de empresas próximas.

O centro Southern Poverty Law Center, que monitora o extremismo, disse em um relatório recente que o número de grupos de ódio está aumentando e já atinge níveis quase históricos, associando isso ao aumento do "populismo de direita" durante a campanha presidencial.

O governo Trump denunciou os últimos incidentes.

"O ódio e a violência motivada pelo ódio de qualquer tipo não têm lugar em um país fundado na promessa de liberdade individual", disse um alto funcionário do governo.

"O presidente deixou bem claro que essas ações são inaceitáveis", acrescentou.

A filha de Trump, Ivanka, convertida ao judaísmo, também denunciou as ameaças aos centros da comunidade judaica.

"Os Estados Unidos são uma nação construída sobre o princípio da tolerância religiosa. Devemos proteger nossas casas de culto e centros religiosos. #JCC", escreveu no Twitter.

A Associação JCC da América do Norte disse que "não será intimidada por ameaças destinadas a perturbar a vida das pessoas ou o papel vital que os centros comunitários judaicos desempenham como lugares de reunião, escolas (...) e recreação".

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