Mundo

Centro Wiesenthal convoca boicote a Ahmadinejad na Rio+20

"No passado", diz a nota, "Ahmadinejad abusou da tribuna da ONU para negar o Holocausto e promover uma incitação ao genocídio", diz nota

O comparecimento do líder iraniano na Rio+20 foi confirmado pelo governo brasileiro (©AFP / Atta Kenare)

O comparecimento do líder iraniano na Rio+20 foi confirmado pelo governo brasileiro (©AFP / Atta Kenare)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2012 às 18h08.

Brasília - O Centro Simon Wiesenthal fez um apelo nesta segunda-feira aos governantes de todo o mundo pedindo que "rejeitem encontros bilaterais" com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durante a conferência Rio+20 e "abandonem o recinto" quando o iraniano tomar a palavra.

Por meio de comunicado, a organização judaica de direitos humanos declarou que seu diretor de Relações Internacionais, Shimon Samuels, transmitiu o pedido aos governos dos cerca de 180 países que devem comparecer ao evento, que será realizado de 20 a 22 de junho.

"No passado", diz a nota, "Ahmadinejad abusou da tribuna da ONU para negar o Holocausto e promover uma incitação ao genocídio através de seus reiterados apelos à destruição um país membro da comunidade internacional, o Estado de Israel".

O comunicado acrescenta que "o regime iraniano patrocina o terrorismo internacional e foi acusado pela justiça argentina por sua responsabilidade no atentado de 1994" contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em Buenos Aires, que causou a morte de 85 pessoas e centenas de feridos.

Segundo o Centro Wiesenthal, a política "terrorista" do Irã "continua, (...) através do apoio militar aos crimes do ditador sírio Bashar al Assad contra seu próprio povo".

A organização sustentou que o líder iraniano "aproveitará" sua presença na Rio+20 para buscar apoio, "romper o isolamento imposto pelo grupo 5+1 (Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia)" e conseguir apoio a seu programa nuclear.

"Convocamos todos os delegados a se retirarem do recinto quando Ahmadinejad se dirigir à tribuna. A América Latina tem a obrigação de enviar uma poderosa mensagem não só a Teerã, mas ao resto do mundo, sobre seu compromisso com a responsabilidade e a paz mundial", acrescentou o comunicado.

O comparecimento do líder iraniano na Rio+20 foi confirmado pelo governo brasileiro, que organiza a reunião com a ONU e espera a presença de delegações de cerca de 180 países, dos quais aproximadamente 100 serão representados por seus chefes de Estado e de governo. 

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaIrã - PaísJudeusRio+20

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado