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Centro-direita vai apoiar indicação de socialista na Espanha

"Naturalmente, o pacto envolve uma votação a favor da posse" do socialista Pedro Sanchez, disse líder da equipe de negociação

Pedro Sanchez: para conquistar o cargo, Pedro Sanchez vai precisar do apoio ou da abstenção de outras formações, como o Podemos (Juan Medina / Reuters)

Pedro Sanchez: para conquistar o cargo, Pedro Sanchez vai precisar do apoio ou da abstenção de outras formações, como o Podemos (Juan Medina / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 10h59.

O Partido Socialista Espanhol (PSOE) chegou a um acordo com o Partido Ciudadanos (centro-direita) para apoiar a indicação de Pedro Sanchez à presidência do governo, anunciou nesta quarta-feira o deputado socialista Antonio Hernando.

"Em breve, nos próximos 45 minutos, vamos apresentar o documento", declarou à rádio Cadena Ser Antonio Hernando, que liderou a equipe de negociação do PSOE.

"Naturalmente, o pacto envolve uma votação a favor da posse" do socialista Pedro Sanchez, disse ele.

Mais de dois meses após as eleições gerais de 20 de dezembro, o documento que sela o acordo entre socialistas e o partido de centro-direita será apresentado aos respectivos órgãos dirigentes durante a manhã.

Mais tarde será apresentado à imprensa e assinado por seus líderes no Congresso (câmara baixa do Parlamento), acrescentou Hernando.

No dia anterior, os dois partidos já haviam anunciado que estavam perto de um acordo envolvendo um programa de "regeneração democrática", em um país minado pela corrupção.

Este programa passa por uma reforma constitucional e prevê importantes reformas de ordem territorial e judicial, como acabar com a imunidade parlamentar e limitar a presidência a dois mandatos.

De acordo com Antonio Hernando, Ciudadanos apoiará por 40 votos Pedro Sanchez no debate de investidura parlamentar.

Desta forma, Sánchez contará com 130 votos de 350. Estes votos são, contudo, insuficientes para ser investido.

Para conquistar o cargo, Pedro Sanchez vai precisar do apoio ou da abstenção de outras formações, como o grupo de esquerda radical Podemos, com 65 deputados, com o qual negocia em paralelo.

O debate de investidura está previsto para 1º de março.

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