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Centenas de soldados foram executados, diz Exército

Porta-voz do Exército iraquiano afirmou que centenas de soldados e civis foram executados pelos insurgentes por motivos sectários desde o início da ofensiva


	EIIL executa presos: "todos são alvos de grupos criminosos do EIIL", disse porta-voz
 (Reprodução/Youtube)

EIIL executa presos: "todos são alvos de grupos criminosos do EIIL", disse porta-voz (Reprodução/Youtube)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2014 às 11h01.

Bagdá - O porta-voz do Exército iraquiano, Qasem Ata, denunciou nesta segunda-feira que centenas de soldados e civis foram executados pelos insurgentes sunitas por motivos sectários desde o começo da ofensiva há duas semanas.

Em entrevista coletiva, Ata assinalou que os extremistas degolaram e enforcaram essas vítimas, cujos corpos foram mutilados em algumas ocasiões, nas províncias de Saladino, Ninawa, Kirkuk e Diyala.

O responsável militar pediu à ONU, à presidência e ao governo iraquiano que "intervenham para condenar e informar sobre estes massacres que devem ser levados antes aos tribunais internacionais porque são crimes contra a Humanidade".

"Todos são alvos de grupos criminosos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL): sunitas, xiitas, cristãos, curdos, turcomanos", acrescentou o porta-voz.

Em diversos foros jihadistas foram publicadas fotografias de execuções sumárias supostamente perpetradas no Iraque, cuja autenticidade não pôde ser verificada.

Sobre algumas das zonas onde ocorrem duros combates, Ata negou que a estratégica cidade de Tal Afar (Ninawa) tenha caído em mãos dos insurgentes, embora reconheceu que é alvo de um forte ataque.

Os insurgentes sunitas, liderados pelo EIIL, dominam amplas zonas do norte e oeste do Iraque e tomaram o controle de vários passagens fronteiriças com a Síria e Jordânia.

No marco desta escalada da violência, pelo menos 71 presos morreram hoje depois do ataque de homens armados o comboio no qual eram transferidos na província de Babel, a cerca de 110 quilômetros ao sul de Bagdá.

Neste incidente, cujas causas são confusas, morreram além disso dois policiais e cinco atacantes, segundo informaram à Agência Efe fontes de segurança.

Esse massacre coincide com a chegada a Bagdá do secretário de Estado americano, John Kerry, que faz uma visita surpresa para analisar o conflito com o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al- Maliki, e outros responsáveis do país.

Bagdá pediu aos EUA que lancem bombardeios aéreos contra os insurgentes, mas até o momento Washington se limitou a desdobrar 300 assessores militares, insistindo que isto não representa reiniciar suas operações de combate no Iraque e que a solução ao problema não passa por uma via exclusivamente militar.

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