Mundo

Centenas de pessoas homenageiam Bin Laden no Paquistão

A manifestação, organizada por um partido político ligado aos talibãs, convocou uma guerra santa contra os americanos

Enquanto queimava pneus, a multidão gritava "Vida longa a Osama" e "Morte à América" (Aamir Qureshi/AFP)

Enquanto queimava pneus, a multidão gritava "Vida longa a Osama" e "Morte à América" (Aamir Qureshi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 21h12.

Quetta - Centenas de pessoas saíram em passeata nesta sexta-feira pelas ruas da cidade de Quetta, no sul do Paquistão, para fazer uma homenagem ao chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, morto pelos Estados Unidos, e para convocar uma guerra santa contra os americanos.

A manifestação foi organizada pelo Jamiat Ulema e Islam (JUI), partido político ideologicamente ligado aos talibãs em Kuchlak, subúrbio de Quetta, onde a multidão gritava "Vida longa a Osama". Uma bandeira americana foi queimada.

"Os serviços prestados por Osama aos muçulmanos serão para sempre lembrados", disse Abdul Qaidr Loone, jovem líder do JUI, em um discurso.

Hafiz Fazal Bareach, ex-senador e alto dirigente do JUI, afirmou que, ao matarem Bin Laden, os Estados Unidos criaram milhares de outros à sua imagem e semelhança.

"Um Osama se transformou em mártir, e agora nascerão milhares de Osamas, porque ele criou um movimento contra as forças antimuçulmanas que não depende de personalidades", declarou, acrescentando que a "jihad (guerra santa) continuará contra os Estados Unidos e seus aliados".

Maior partido político religioso do Paquistão, o Jamaat e Islam convocou manifestações em todo o país nesta sexta-feira para denunciar a operação de um comando de elite americano que matou Bin Laden na cidade paquistanesa de Abbottabad no começo da semana.

Acompanhe tudo sobre:Al QaedaÁsiaIslamismoOsama bin LadenPaquistãoPolíticosTerrorismo

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'