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Centenas de pessoas ficam desabrigadas na Itália após terremoto

Os serviços da Defesa Civil buscaram abrigos para centenas de pessoas que precisaram abandonar suas casas

Abrigos: muitas preferiram permanecer em seus carros por medo de tremores secundários (Max Rossi/Reuters)

Abrigos: muitas preferiram permanecer em seus carros por medo de tremores secundários (Max Rossi/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 11h17.

A Itália começou nesta quinta-feira a avaliar os danos do segundo grande terremoto em dois meses no centro do país, que obrigou centenas de pessoas a deixar suas casas, embora não tenham sido registradas vítimas.

Durante a noite e sob a chuva, os serviços da Defesa Civil buscaram abrigos para centenas de pessoas que precisaram abandonar suas casas após dois tremores consecutivos na quarta-feira de 5,5 e 6,1 graus.

No entanto, muitas delas preferiram permanecer em seus carros por medo de tremores secundários, alguns dos quais chegaram a 4,6 graus.

"O terremoto foi muito forte, apocalíptico, as pessoas gritando nas ruas, não havia luz. Nosso povoado está acabado", lamentou Marco Rinaldi, prefeito de Ussita, um pequeno vilarejo da região de Las Marcas, situado perto do epicentro.

Foi nesta localidade a 600 metros de altura onde o terremoto foi mais sentido, embora os dois tremores também tenham sido notados em todo o centro da Itália e até mesmo em Roma, a capital, onde muitas pessoas correram para as ruas.

"Os danos são importantes, mas até o momento não há nenhuma operação em andamento de busca entre os escombros", disseram nesta quinta-feira os serviços da Defesa Civil em um comunicado.

"Levando em consideração a intensidade dos tremores secundários, o balanço, se for confirmada a ausência de mortos e feridos graves, é milagroso", afirmou nesta quinta-feira à rádio o ministro do Interior, Angelino Alfano.

Os serviços da Defesa Civil indicaram que há um ferido leve e várias pessoas foram enviadas às emergências dos hospitais da região por ferimentos ou desmaios.

Um carabineiro indicou, por sua vez, que um homem de 70 anos morreu em Tolentino, perto da zona mais afetada, provavelmente vítima de um ataque cardíaco.

"Agora mesmo há vários helicópteros voando para reconhecer a zona com a luz do dia e teremos uma ideia mais precisa dos danos", acrescentou o ministro, indicando que foram mobilizados cerca de mil bombeiros e 450 veículos de resgate, entre eles quatro helicópteros.

Segundo Giuliano Pazzaglini, prefeito de Visso, perto de Ussita, dois terços dos edifícios do povoado agora são "inutilizáveis".

O centro histórico de Visso estava totalmente isolado com grades e a polícia pediu aos jornalistas que não se aproximassem dos edifícios, muitos deles parcialmente desabados.

"Há várias milhares de pessoas deslocadas" após os tremores e a prioridade é arranjar abrigos, disse Cesare Spuri, responsável da Defesa Civil de Las Marcas.

No outono e no inverno, a temperatura nesta região pode alcançar 10 graus negativos.

Os dois tremores de quarta-feira foram de 5,5 graus (às 19h10, 15h10 de Brasília) e de 6,1 (21h18, 17h18 de Brasília), segundo o Instituto Nacional de Geologia e Vulcanologia (INGV).

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