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Centenas de autoridades do governo republicano Bush rejeitam voto em Trump

Essa é a mais recente de uma série de ações do partido a se opor à reeleição de Trump, mais um sinal de que ele alienou parte de seus correligionários

Joe Biden usa máscara de proteção após discursar em Wilmington, Delaware
30/06/2020  (Kevin Lamarque/Reuters)

Joe Biden usa máscara de proteção após discursar em Wilmington, Delaware 30/06/2020 (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de julho de 2020 às 11h13.

Última atualização em 1 de julho de 2020 às 11h17.

Centenas de autoridades que trabalharam para o ex-presidente republicano norte-americano George W. Bush devem declarar seu apoio ao candidato presidencial democrata Joe Biden, disseram pessoas envolvidas na iniciativa --mais um grupo de liderança republicana a se opor à reeleição de Donald Trump.

Os funcionários, que incluem secretários de gabinete e outros membros do alto escalão do governo Bush, formaram um comitê de ação política, o 43 Alumni for Biden, para apoiar o ex-vice-presidente na disputa do dia 3 de novembro, disseram três organizadores do grupo à Reuters. Bush foi o 43º presidente do país.

O Super PAC lançará nesta quarta-feira um site e uma página de Facebook, planeja publicar "depoimentos em vídeo" de republicanos destacados elogiando Biden e realizará esforços para incentivar o voto nos Estados mais competitivos, disseram.

O grupo é o mais recente de uma série de organizações do partido governista a se opor à reeleição de Trump, mais um sinal de que ele alienou parte de seus próprios correligionários, ultimamente por causa de sua reação à pandemia de coronavírus e dos protestos nacionais contra a injustiça racial e a brutalidade policial contra os negros norte-americanos.

"Sabemos o que é normal e o que é anormal, o que estamos vendo é altamente anormal. O presidente é um perigo", disse Jennifer Millikin, uma dos organizadores do 43 Alumni que trabalhou na campanha de reeleição de Bush em 2004 e mais tarde na Administração de Serviços Gerais.

Os outros dois membros que conversaram com a Reuters são Karen Kirksey e Kristopher Purcell. Purcell atuou como autoridade de comunicação na Casa Branca de Bush, e Kirksey participou da campanha de Bush em 2000 e mais tarde trabalhou nos departamentos da Agricultura e do Trabalho.

Millikin disse que o grupo ainda não está pronto para identificar todos seus membros e doadores, mas terá que fornecer uma lista de doadores iniciais à Comissão Eleitoral Federal até outubro.

O escritório de Bush foi informado sobre o grupo, mas o ex-presidente não está envolvido e não indicou se aprova suas metas, disse ela.

Freddy Ford, porta-voz de Bush, disse que ele se aposentou e "não se meterá nesta eleição".

Bush, que ainda é admirado por republicanos moderados, foi elogiado por dizer que a morte de George Floyd, um homem negro desarmado, sob custódia da polícia de Mineápolis no dia 25 de maio refletiu um "fracasso chocante" e pediu que se dê ouvidos aos manifestantes.

Apesar das diferenças políticas, "centenas" de ex-funcionários de Bush acreditam que Biden tem integridade para enfrentar os desafios da América, disseram membros do 43 Alumni.

(Texto de Tim Reid)

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