Mundo

Cemig vai brigar na justiça por concessão de Jaguara

O Ministério de Minas e Energia negou prorrogar a concessão da hidrelétrica à Cemig no início de maio. A estatal pediu extensão do contrato com regras antigas


	A Cemig não aceitou a renovação das concessões de Jaguara, Miranda e São Simão pela proposta do governo federal, com redução na remuneração
 (Divulgação/Divulgação)

A Cemig não aceitou a renovação das concessões de Jaguara, Miranda e São Simão pela proposta do governo federal, com redução na remuneração (Divulgação/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 13h54.

São Paulo - A Cemig vai entrar na justiça para conseguir renovar a concessão da hidrelétrica Jaguara de acordo com as regras antigas, afirmou um executivo da empresa nesta sexta-feira. Ele acrescentou que a ausência da energia da usina no portólio da companhia não terá impacto no resultado.

O Ministério de Minas e Energia negou prorrogar a concessão da hidrelétrica Jaguara à Cemig no início de maio, depois que a estatal mineira pediu extensão do contrato da usina com base em regras antigas e não com as estabelecidas pelo governo em 2012.

"Nós vamos contestar a decisão do Ministério sobre Jaguara", disse o diretor financeiro e de Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, em teleconferência com analistas.

O executivo acrescentou que a diretoria da empresa está providenciando os "próximos passos" para contestar a decisão.

A Cemig não aceitou a renovação das concessões de Jaguara, Miranda e São Simão pela proposta do governo federal, com redução na remuneração. A empresa sustenta que ainda pode renovar a concessão das usinas de acordo com regras antigas, conforme previsão dos nos contratos dessas hidrelétricas.

Destas, a concessão de Jaguara (424 MW) é a primeira a vencer, em agosto de 2013.

Rolla disse que enquanto a disputa estiver ocorrendo na justiça e que enquanto a hidrelétrica estiver sob tutela da Cemig, a energia da usina será liquidada no mercado de curto prazo, com base no Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).

"Nós naturalmente adotamos um plano de contingência para Jaguara. Tiramos a capacidade dela do portfólio e colocamos contratos adquiridos no ano passado...o resultado da Cemig GT (Geração e Transmissão) não terá nenhum impacto", disse.

Rolla acrescentou que a Cemig tem novas capacidades que vão entrar em operação que agregar valores "significativos" de geração de caixa.


"Essa compensação está sendo feita e, se por acaso essa disputa se prolongar, temos como ter substituição do lastro dos nosso contratos", disse.

O executivo disse ainda esperar que a renovação da concessão da distribuidora, que está para ser definida pelo governo, siga condições similares do contrato de concessão atual.

A empresa já manifestou o interesse em renovar a concessão, mas o governo ainda não detalhou quais serão as regras e se poderá ocorrer revisão na base de ativos das empresas.

Corte de custos

O efeito líquido dos desligamentos de funcionários da Cemig no resultado do ano de 2013 será de 60 milhões de reais, segundo o superintendente da Cemig, Leonardo George Magalhães. Para 2014, haverá uma redução na folha de pagamento de cerca de 140 milhões de reais, segundo o executivo.

"Entendemos que a tendência nossa de custo de pessoal é de eficiência e redução de custos", acrescentou Rolla.

Acompanhe tudo sobre:CemigConcessõesEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergia elétricaEstatais brasileirasHidrelétricasJustiçaPrivatizaçãoServiços

Mais de Mundo

Qual visto é necessário para trabalhar nos EUA? Saiba como emitir

Talibã proíbe livros 'não islâmicos' em bibliotecas e livrarias do Afeganistão

China e Brasil fortalecem parceria estratégica e destacam compromisso com futuro compartilhado

Matt Gaetz desiste de indicação para ser secretário de Justiça de Donald Trump