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Cemig resiste e ameaça plano de Dilma de reduzir tarifas

Empresa resistiu à pressão para renegociar três contratos que representam quase metade de sua capacidade de geração


	A presidente Dilma Rousseff
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

A presidente Dilma Rousseff (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 09h41.

São Paulo - A Cia. Energetica de Minas Gerais, segunda maior geradora de energia do país, está desafiando a iniciativa da presidente Dilma Rousseff de reduzir as tarifas de energia do país, que estão entre as mais altas do mundo.

A Cemig resistiu à pressão para renegociar três contratos que representam quase metade de sua capacidade de geração e disse que isso tornaria as usinas hidrelétricas inviáveis. O diretor financeiro da Cemig, Luiz Fernando Rolla, disse ontem que as concessões deveriam ser renovadas automaticamente sob os termos do contrato assinado nos anos 80.

A decisão da Cemig mostra os obstáculos que Dilma enfrenta na busca pela redução das tarifas de energia em até 28 por cento no próximo ano, visando tornar a indústria local mais competitiva e estimular o crescimento. A Cemig provavelmente está contando com o apoio do Congresso para rejeitar algumas das condições determinadas por Dilma em favor das regras existentes, disse o analista Rafael Dias, do Banco do Brasil SA.

“É uma atitude corajosa”, disse Dias, em entrevista por telefone de São Paulo. “Se isso der certo, você pode apostar que outras empresas farão o mesmo.”

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