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Cem países defendem Organização Mundial para o Meio Ambiente

Diplomatas e especialistas defendem a criação de um órgão internacional para cuidar apenas do assunto

Especialistas acreditam que o órgão poderia ter ligação com a ONU (Getty Images)

Especialistas acreditam que o órgão poderia ter ligação com a ONU (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 17h09.

Paris - A ideia de criar uma organização mundial para o meio ambiente, cuja criação seria discutida na cúpula Rio+20, ano que vem, no Rio de Janeiro, tem o apoio de uma centena de países, afirmou esta terça-feira um alto funcionário francês.

"Uma centena de países se disseram favoráveis a uma organização mundial do meio ambiente, o que só representa a metade" dos Estados que se comprometeram, há 20 anos, na cúpula do Rio, a impulsionar o "desenvolvimento sustentável", informou o embaixador francês encarregado dos temas ambientais, Jean-Pierre Thebault.

"A OMC (Organização Mundial do Comércio) trata do comércio, a OIT (Organização Internacional do Trabalho), dos aspectos sociais, mas falta o pilar ambiental", explicou.

"Na questão ambiental, há mais de 500 acordos e convenções sem coordenação entre si. É uma selva", disse à imprensa.

Uma das hipóteses levantadas é transformar o atual Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) em uma agência internacional. Outra é fazer do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas um Conselho Econômico e Social para o Meio Ambiente.

Também se fala em criar um Alto Comissariado da ONU, comparável ao encarregado dos direitos humanos.

Entretanto, a sugestão de algumas ONGs de criar ao mesmo tempo uma corte internacional de justiça para temas ambientais não tem sido tratada, afirmou Thebault.

A Rio+20 será celebrada em junho de 2012, vinte anos após a Cúpula da Terra, que em 1992 reuniu na Cidade Maravilhosa mais de 100 chefes de Estado e se encerrou com um plano de ação para o desenvolvimento sustentável.

A Rio+20 buscará debater um modelo de economia verde para o planeta, que leve em conta não só o meio ambiente, mas os desafios da inclusão social e da erradicação da pobreza.

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