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Celular gravou o final da tragédia em avião, diz jornal

De acordo com a reportagem do jornal francês Paris Match, o celular foi encontrado entre os destroços do Airbus 320 e continha um vídeo curto


	Um airbus A320 da empresa aérea Germanwings
 (Jan Seba/Reuters)

Um airbus A320 da empresa aérea Germanwings (Jan Seba/Reuters)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 31 de março de 2015 às 20h39.

São Paulo – Um celular gravou os momentos finais da tragédia do avião da Germanwings nos Alpes franceses, segundo informações publicadas nesta terça-feira pelo jornal Paris Match.

De acordo com a reportagem, o celular foi encontrado entre os destroços do Airbus 320 e continha um vídeo curto.

O jornal não divulgou as imagens dele, mas faz um relato do que viu.

Segundo o texto, apesar das imagens caóticas, é possível ouvir o som de gritos de passageiros, o que demonstraria que eles tinham consciência do que estava acontecendo.

“É possível ouvir gritos de 'Meu Deus' em várias línguas”, diz a reportagem.

Ainda de acordo com o texto, também é possível ouvir um barulho metálico mais de três vezes, o que indicaria que o piloto estava tentando abrir a porta da cabine com um objeto pesado.

“Já próximo ao final, após um tremor pesado, mais forte que os outros, os gritos se intensificam. E, então, nada mais”, afirma o jornal.

Segundo a reportagem, a versão desse vídeo bate com as gravações do áudio da caixa preta econtrada no local do acidente. 

O avião da Germanwings, uma subsidiária da Lufthansa, havia decolado de Barcelona, na Espanha, e seguia para Düsseldorf, na Alemanha, quando se chocou contra montanhas nos Alpes franceses, matando 150 pessoas de diferentes nacionalidades na semana passada.

O copiloto alemão Andreas Lubitz, de 28 anos, derrubou a aeronave propositalmente, de acordo com as investigações. 

Segundo as autoridades alemãs, ele sofria de transtornos psiquiátricos e passou por tratamento contra uma depressão profunda.

Nesta terça-feira, a Lufthansa admitiu que, em 2009, teve conhecimento da doença do copiloto. 

O comunicado pode prejudicar a empresa e seu diretor-executivo, Carsten Spohr, que na semana passada afirmou aos repórteres que a companhia desconhecia qualquer razão que pudesse levar Lubitz a derrubar a aeronave propositalmente.

Texto atualizado às 19h57

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