Programa de Gestão de Carbono na Cadeia de Valor da CEBDS (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 16h58.
São Paulo - O Brasil, mais uma vez, está dando bons exemplos para a comunidade internacional. Nesta terça-feira (04), o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) apresentou ao mundo, em evento paralelo da COP18, a publicação Programa de Gestão de Carbono na Cadeia de Valor.
O documento detalha a iniciativa de sucesso promovida pelo Conselho ao longo de 2012 que consistiu na capacitação de fornecedores de empresas brasileiras para a produção de inventários de emissões de gases do efeito estufa (GEE).
A ideia do projeto surgiu a partir de um dado significativo: segundo o Registro Público de Emissões do Brasil, em 2011, 88% das emissões de GEE relatadas pelas empresas em seus inventários vieram de fontes que não são controladas por elas, como, por exemplo, da cadeia de fornecedores.
“Hoje, grande parte das emissões não é proveniente dos processos produtivos, nem do subproduto da energia gerada para esse processo, mas, sim, da cadeia de fornecedores. Assim, por mais que uma empresa invista em eficiência energética ou em outros métodos de mitigação de suas emissões, o resultado não terá grande impacto, justamente pela considerável proporção da pegada de carbono de seus fornecedores no volume total destas emissões”, explica Marina Grossi, presidente-executiva do CEBDS.
Neste ano, 32 fornecedores, de quatro empresas brasileiras – Vale, Votorantim, Banco do Brasil e Itaú – participaram da primeira edição da iniciativa, que tem o apoio da KPMG. Destes, 22 já apresentaram inventários de emissões de GEE para as companhias que trabalham.
O sucesso do projeto garantiu sua expansão: em 2013, o CEBDS pretende ter, no mínimo, o dobro de empresas participando da iniciativa – entre elas, a Petrobras, uma das sete empresas patrocinadoras do Planeta Sustentável.
“Quando as grandes empresas começam a mobilizar seus fornecedores, estabelece-se uma relação positiva para todos. Os fornecedores ganham capacitação e expertise, a grande empresa tem um retrato fiel da sua pegada carbônica e a sociedade lucra pela mobilização, transparência e redução das emissões”, diz Grossi.