Mundo

CDU e SPD anunciam coalizão para governar Alemanha

Dois meses após as eleições, a União Democrata Cristã (CDU) e o Partido Social Democrata (SPD) chegaram a um acordo para a formação de uma grande coalizão

Angela Merkel (d), da União Democrata Cristã, e Sigmar Gabriel, do Partido Social Democrata: acordo foi alcançado por 75 negociadores dos dois grupos (Tobias Schwarz/Reuters)

Angela Merkel (d), da União Democrata Cristã, e Sigmar Gabriel, do Partido Social Democrata: acordo foi alcançado por 75 negociadores dos dois grupos (Tobias Schwarz/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2013 às 08h16.

Berlim - Dois meses após as eleições e cerca de 30 dias depois do início das negociações, a União Democrata Cristã (CDU), legenda da chanceler Angela Merkel, e o Partido Social Democrata (SPD) chegaram a um acordo na noite da última terça-feira (27) para a formação de uma grande coalizão para governar a Alemanha. As legendas ficaram em primeiro e segundo lugar, respectivamente, no pleito realizado em setembro.

A aliança ainda deve ser aprovada em referendo pelos 474 mil filiados do SPD, mas a expectativa é que o novo governo, comandado por Merkel, assuma no próximo dia 17 de dezembro, quando o Bundestag, o Parlamento alemão, deverá votar sua aprovação.

O acordo foi alcançado por um grupo de 75 negociadores dos dois grupos políticos, adversários nas eleições de setembro, mas forçados a caminhar juntos por conta do resultado das urnas. Na ocasião, a CDU e a União Social Cristã (CSU), representação do partido governista na Baviera, conquistaram uma ampla maioria (41,5% dos votos), mas não absoluta, obrigando a chanceler a iniciar conversas com outras legendas.

Contudo, essa grande coalizão não é inédita. No primeiro mandato de Merkel (2005-2009), a CDU-CSU governou ao lado do SPD. Já na legislatura seguinte (2009-2013), os democratas-cristãos se aliaram aos liberais-democratas - mais próximos do ponto de vista ideológico -, que não conseguiram renovar suas cadeiras no Parlamento.

A chanceler teve que fazer concessões importantes para facilitar a aprovação do acordo. Segundo fontes internas da CDU-CSU, o partido aceitou instituir um salário mínimo de 8,50 euros por hora a partir de 2015. A medida era um dos pontos centrais do programa do SPD e condição essencial para a formação de uma coalizão. Os sociais-democratas também conseguiram um aumento das pensões para os trabalhadores mais desprotegidos e mães de família, além da possibilidade de se aposentar aos 63 anos para quem tem 45 anos de contribuição.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAngela MerkelEuropaPaíses ricosPersonalidadesPolíticaPolíticos

Mais de Mundo

Eleição no Uruguai: disputa pela Presidência neste domingo deverá ser decidida voto a voto

Eleições no Uruguai: candidato do atual presidente disputa com escolhido de Mujica

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda