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CCJ aprova referendo para mudanças no sistema eleitoral

De acordo com o projeto analisado, qualquer alteração na proporcionalidade do Legislativo deve ir a votação popular

Comissão de Constituição e Justiça do Senado: Romero Jucá foi o relator da proposta (Antônio Cruz/ABr)

Comissão de Constituição e Justiça do Senado: Romero Jucá foi o relator da proposta (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2011 às 15h00.

Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, por maioria, a proposta de emenda constitucional (PEC) que prevê a realização de um referendo popular para aprovação de lei ou emenda constitucional que altere as regras do sistema eleitoral. A proposta ainda depende de votação no plenário do Senado e na Câmara dos Deputados, antes de ser promulgada.

De acordo com o projeto, originário da Comissão de Reforma Política, qualquer alteração no princípio da proporcionalidade - que regulamenta a eleição para vereadores, deputados estaduais e federais para as Câmaras Legislativas - deve ser submetida a consulta popular. A proposta lembra que vários modelos têm sido discutidos no Parlamento nos últimos anos, como o fim do voto proporcional, com listas partidárias abertas ou fechadas.

O relator da matéria, Romero Jucá (PMDB-RR), argumentou que o emprego obrigatório da consulta popular - no caso, um referendo - em um tema "tão sensível quanto a definição do sistema de representação do povo" significa um aperfeiçoamento do regime democrático. "A proposta valoriza a vontade popular e confere maior proteção ao princípio da proporcionalidade nas eleições para os representantes do povo", concluiu Jucá.

A proposta foi aprovada com votos contrários dos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Humberto Costa (PT-PE). Demóstenes argumentou que o instrumento da consulta popular tem natureza excepcional e não deveria ser utilizado para discutir reforma política. Humberto Costa defendeu que a consulta popular seja feita "depois que as novas regras entrarem em vigor", para que a população decida sobre a eficácia do novo modelo "depois de vivenciá-lo".

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