Mundo

Caverna de Chauvet entra para o Patrimônio Mundial da Unesco

Caverna abriga as pinturas rupestres mais antigas e conhecidas até os dias de hoje


	Arte rupestre na caverna Chauvet, Sul da França
 (Wikimedia Commons)

Arte rupestre na caverna Chauvet, Sul da França (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 13h18.

A Caverna de Chauvet, onde se encontram as pinturas rupestres mais antigas e conhecidas até os dias de hoje, entrou neste domingo para a lista do Patrimônio Mundial da Unesco, anunciou o comitê desta agência das Nações Unidas em Doha.

A imensa gruta, situada 25 metros abaixo da terra em uma colina calcária do sul da França, "é um testemunho único e excepcionalmente bem conservado", segundo o texto do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco.

"Os vestígios arqueológicos, paleontológicos e artísticos da gruta ilustram, como nenhuma outra do começo do Paleolítico superior, a frequência das cavernas para práticas culturais e rituais", destaca o texto.

A caverna, que permaneceu fechada por 23.000 anos devido a um deslizamento de rochas e foi redescoberta em 1994 por três espeleólogos - Jean-Marie Chauvet, Christian Hillaire e Eliette Brunel -, contém mais de mil desenhos, uma expressão excepcional da primeira criação artística do homem durante o Paleolítico superior, há 36.000 anos.

Os desenhos feitos na rocha incluem uma espécie de zoológico gráfico constituído por 435 representações, que mostram 14 espécies: ursos, rinocerontes, um leão, uma leoa, uma pantera, bisões etc.

Nas paredes da caverna, também é possível observar umas dez mãos em negativo e positivo, representações do sexo feminino e, ao fundo, o desenho excepcional do corpo de uma mulher ao lado de um bisão.

A caverna, conservada de forma excelente e muito maior que a gruta francesa de Lascaux (cujas obras têm entre 17.000 e 18.000 anos de idade), conta com inúmeras salas e galerias ao longo de 800 metros, e de até 18 metros de altura.

Ao contrário de Lascaux, descoberta em 1940 e deteriorada pelo dióxido de carbono gerado pela respiração dos visitantes, a caverna de Chauvet nunca foi aberta ao público. Uma cópia criada na região e batizada de "Caverna do Pont-d'Arc" permitirá admirar as riquezas da cavidade original.

Neste projeto, pintores, escultores, agências de arquitetos, cenógrafos e empresas de construção colaboraram para criar em escala real e em 35.000 metros os melhores aspectos da gruta original.

Esta réplica deve ser aberta ao público em 2015.

Acompanhe tudo sobre:EuropaFrançaHistóriaONUPaíses ricos

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia