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Cautela no Fed; Vitória do Brexit…

Cautela no Fed  Em sua primeira reunião após a posse do presidente Donald Trump, o conselho do Fed, banco central dos Estados Unidos, decidiu por unanimidade manter intactas as taxas de juro americanas, hoje entre 0,5% e 0,75%. O comunicado após os dois dias de reunião ressalta que o mercado de trabalho tem bons números […]

YELLEN, DO FED:  um Banco Central responsável não pode condicionar sua atuação a eventos incertos de natureza política e fora da dinâmica econômica corrente / Elijah Nouvelage/Getty Images

YELLEN, DO FED: um Banco Central responsável não pode condicionar sua atuação a eventos incertos de natureza política e fora da dinâmica econômica corrente / Elijah Nouvelage/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 17h41.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h57.

Cautela no Fed 

Em sua primeira reunião após a posse do presidente Donald Trump, o conselho do Fed, banco central dos Estados Unidos, decidiu por unanimidade manter intactas as taxas de juro americanas, hoje entre 0,5% e 0,75%. O comunicado após os dois dias de reunião ressalta que o mercado de trabalho tem bons números — com apenas 4,7% de desemprego —, a inflação está quase chegando à meta de 2% e “o sentimento de consumidores e empresários melhorou”. Mas é fato que a instituição ainda aguarda os impactos dos planos políticos e econômicos da gestão Trump. Em dezembro, o Fed elevou a taxa de juro pela segunda vez em uma década e disse prever pelo menos três outros aumentos ao longo deste ano.

Peña Nieto humilhado?

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, teria sido “humilhado” em sua conversa com Donald Trump na última sexta-feira 27, segundo a jornalista da Forbes, Dolia Estevez, que diz ter obtido informações confidenciais. Trump teria dito frases como “eu não preciso do México”, “vamos construir o muro e você vai pagar por ele, goste ou não” e teria reclamado da falta de eficiência do governo mexicano em combater o narcotráfico do país, ameaçando enviar tropas americanas para lidar com o caso. Ao ouvir os insultos, Peña Nieto teria apenas “balbuciado”, segundo a jornalista. A conversa durou 1 hora, mas grande parte do tempo foi tomado pela tradução realizada por um intérprete. Os porta-vozes de México e Estados Unidos haviam classificado a conversa como “amigável”.

Petraeus: ordem mundial em risco

O general David Petraeus, ex-diretor da CIA, agência de inteligência americana, disse em pronunciamento no Congresso que, em sua opinião, a ordem mundial poderá enfrentar um “colapso” que não é visto desde a Segunda Guerra Mundial. Petraeus, que chegou a ser cotado por Trump para secretário de Estado, afirmou que não se pode acreditar que a paz esteja “garantida” e, para mantê-la, será necessário um sistema de “alianças globais” e “compromissos de segurança”. Ao contrário de Trump, o general criticou o protecionismo e disse que é preciso defender instituições como a União Europeia e a Otan.

Impasse na Suprema Corte

Os democratas tentam impedir que o escolhido de Trump para a Suprema Corte, o juiz conservador Neil M. Gorsuch, seja confirmado pelo Senado. O presidente Donald Trump recomendou que o líder da maioria republicana na Casa, Mitch McConnell, “parta para a opção nuclear” se a situação persistir. Essa “opção nuclear” seria tentar aprovar o nomeado com uma maioria simples, em vez dos 60 votos exigidos. O mesmo tipo de impasse havia ocorrido do outro lado, quando o nomeado do ex-presidente Barack Obama para a mesma vaga foi barrado pelos republicanos e não conseguiu ser aprovado antes que o mandato de Obama acabasse.

A primeira vitória do Brexit

A Câmara dos Comuns aprovou um projeto de lei que dá à premiê Theresa May autorização para iniciar o Brexit, processo de saída do Reino Unido da União Europeia. Como o Partido Conservador de May tem maioria, o texto foi aprovado por 498 votos a 114 e precisa agora passar pela Câmara dos Lordes, outra Casa do Parlamento. May, que deseja começar a saída da UE em março, foi obrigada pela Justiça a esperar a permissão do Legislativo para disparar o Artigo nº 50 da Constituição Europeia, que dá início oficial ao processo. As negociações para a saída devem durar dois anos.

Reino Unido: sem americanos na saúde 

Também nesta quarta-feira, Theresa May tranquilizou os britânicos dizendo que o NHS, sistema de saúde britânico, não seria incluído nas negociações bilaterais com o governo de Donald Trump. A oposição vinha acusando May de negociar a “privatização” do sistema, com a entrada de empresas de seguro de saúde americanas para operar serviços do NHS — que oferece saúde gratuita e universal na grande maioria dos casos. O secretário de Comércio Internacional, Liam Fox, vai liderar uma delegação para conversar com Trump sobre os acordos comerciais nas próximas semanas.

Tesla muda de nome

A montadora de carros elétricos Tesla retirou oficialmente o “Motors” de seu nome nesta quarta-feira, mais uma prova dos esforços da companhia para ampliar seu portfólio de negócios no ramo de energia. Em novembro, a Tesla, fundada e presidida pelo executivo Eslon Musk, recebeu aprovação para comprar por 2 bilhões de dólares outra empresa de Musk, a fabricante de painéis solares SolarCity. No fim do ano passado, Musk anunciou que a Tesla vai trabalhar na fabricação de painéis solares mais eficientes e duradouros.

Apple voando
As ações da empresa de tecnologia Apple tiveram a maior alta em 18 meses nesta quarta-feira, um dia após a companhia superar a Samsung como maior fabricante de smartphones do mundo. As ações passaram de 127 dólares durante todo o dia, uma alta de mais de 6%. Na segunda-feira, a empresa anunciou que vendeu 78,29 milhões de iPhones no último trimestre de 2016, mais de 1 milhão acima do esperado. O anúncio fez o valor de mercado da Apple subir mais de 36 bilhões de dólares. As vendas foram beneficiadas pela boa recepção do público ao iPhone 7, lançado no ano passado, somado à má publicidade gerada pelas baterias explosivas do principal rival, o Galaxy Note 7, da Samsung.

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