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Catedral de Notre-Dame recebeu apenas 9% das doações prometidas até agora

Segundo o governo, as grandes empresas querem, antes de fazer as doações, saber exatamente como o dinheiro será usado

Notre-Dame: o incêndio de 15 de abril provocou uma onda de solidariedade na França, com a multiplicação de promessas de doações (Christophe Petit Tesson/Pool/Reuters)

Notre-Dame: o incêndio de 15 de abril provocou uma onda de solidariedade na França, com a multiplicação de promessas de doações (Christophe Petit Tesson/Pool/Reuters)

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AFP

Publicado em 14 de junho de 2019 às 14h24.

Dois meses após o incêndio que devastou parcialmente a Catedral de Notre-Dame de Paris, apenas 9% dos 850 milhões de euros prometidos para sua restauração foram repassados, embora as autoridades esperem que o montante seja alcançado.

O incêndio, que destruiu parte do telhado da catedral em 15 de abril, provocou uma onda de solidariedade na França, com a multiplicação de promessas de doações - de pessoas físicas a pessoas jurídicas, como a gigante LVMH e a Kering.

Até agora, porém, apenas 80 milhões de euros foram arrecadados, correspondendo a pequenas doações de indivíduos.

 

O ministro francês da Cultura, Frank Riester, confirmou o número nesta sexta-feira (14), citando várias causas para explicar a diferença entre o que foi prometido e o que foi recebido. O valor já havia sido informado pela rádio France Info.

"Primeiro, há pessoas que prometem doar e que não doam (...), mas, acima de tudo e isso é normal , as doações serão pagas em função do andamento das obras", argumentou Riester.

"Estão sendo feitos acordos com os grandes doadores", acrescentou o ministro, dizendo que assim será possível que as doações sejam feitas em um marco legal.

Fontes do Ministério da Cultura destacaram que as grandes empresas e mecenas como o grupo LVMH (200 milhões de euros prometidos) e Kering (100 milhões de euros) pediram para saber como exatamente esses valores serão investidos.

Riester ressaltou que "a onda de generosidade deve continuar" e lembrou que a situação da catedral continua frágil, já que a abóbada "ainda pode desabar".

Em paralelo, a investigação judicial está em andamento para determinar as causas do incidente, atribuído a um curto-circuito.

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