Mundo

Cate Blanchett denuncia 'perigosos mitos' sobre refugiados aos deputados da UE

Em seu discurso, a atriz australiana pediu um cessar-fogo humanitário durante o conflito entre Israel e o Hamas

A atriz australiana Cate Blanchett é embaixadora da boa vontade da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) (Agence France-Presse/AFP)

A atriz australiana Cate Blanchett é embaixadora da boa vontade da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) (Agence France-Presse/AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 8 de novembro de 2023 às 16h12.

Última atualização em 8 de novembro de 2023 às 16h14.

A atriz australiana Cate Blanchett, embaixadora da Boa Vontade da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), instou, nesta quarta-feira, 8, os eurodeputados a se oporem aos "perigosos mitos" que alimentam o "medo" e as políticas anti-imigração.

Sob aplausos, Blanchett iniciou seu discurso falando sobre o conflito entre Israel e o Hamas, reiterando o apelo da Acnur a um "cessar-fogo humanitário imediato e à libertação imediata de todos os civis mantidos como reféns".

"O conflito custou e continua custando milhares de vidas inocentes", acrescentou, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

Ela lembrou, então, que guerras, desastres naturais e crises políticas levaram ao deslocamento de 114 milhões de pessoas em todo o mundo, observando que a maioria delas busca refúgio em países vizinhos.

"Insto a cada um de vocês a se opor firmemente aos perigosos mitos, amplamente difundidos e que alimentam muito o medo e a hostilidade, de que todos os refugiados vão para a Europa", declarou.

Sobre aqueles que tentam atravessar o Mediterrâneo colocando suas vidas em risco, a atriz argumentou que "ninguém coloca seus filhos em um barco se a água não for mais segura do que a terra", e acrescentou que "muros, cercas e deportações não são uma solução".

Blanchett pediu aos eurodeputados que "garantam que as políticas da União Europeia se concentrem em proteção, não em reforçar as fronteiras", e alertou sobre as necessidades financeiras das agências humanitárias.

"Enquanto o número de pessoas forçadas a fugir de suas casas aumenta, em geral o financiamento diminui", destacou, apontando que a Acnur precisa urgentemente de US$ 600 milhões (R$ 2,94 bilhões, na cotação atual) até o final do ano.

Acompanhe tudo sobre:RefugiadosImigraçãoEuropaConflito árabe-israelense

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos