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Catar empresta U$100 mi para palestinos pagarem salários

Parte da receita congelada dos impostos palestinos, coletados por Israel, devolvida neste mês, não foi suficiente para pagar atrasados


	Israel suspendeu pagamentos de cerca de 130 milhões de dólares por mês em janeiro à Autoridade Palestina, em protesto pela entrada dos palestinos no Tribunal Penal Internacional
 (Nicholas Kamm/AFP)

Israel suspendeu pagamentos de cerca de 130 milhões de dólares por mês em janeiro à Autoridade Palestina, em protesto pela entrada dos palestinos no Tribunal Penal Internacional (Nicholas Kamm/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2015 às 14h27.

Ramallah - A Autoridade Palestina disse nesta quarta-feira que recebeu um empréstimo de 100 milhões de dólares do Catar para ajudar a pagar salários de servidores civis e aliviar uma crise econômica desencadeada por desentendimento com Israel sobre impostos.

O presidente Mahmoud Abbas, que está visitando o Estado do Golfo Pérsico, emitiu uma nota agradecendo ao Catar pelo empréstimo. Não houve confirmação imediata ou comentários de autoridades do Catar.

Israel coleta impostos em nome da Autoridade Palestina, mas suspendeu pagamentos de cerca de 130 milhões de dólares por mês em janeiro em protesto pela entrada dos palestinos no Tribunal Penal Internacional.

A participação palestina no TPI começou em 1º de abril, abrindo espaço para possíveis acusações criminais contra Israel por supostos crimes de guerra ligados à ocupação do território que os palestinos querem para um Estado independente.

Após críticas de aliados ocidentais, Israel liberou parte da receita congelada dos impostos neste mês, mas reteve uma parcela do dinheiro, dizendo que eram recursos devidos pelos palestinos por serviços de saúde e de infraestrutura fornecidos por Israel.

Abbas disse que os descontos somaram um terço da quantia total que Israel devia e se recusou a aceitar qualquer dinheiro, ameaçando ir ao TPI por conta do assunto.

Um funcionário do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou que Israel deduziu o dinheiro para cobrir eletricidade, água e saúde dos palestinos, e que estava "disposto a transferir de volta a quantia que as autoridades recusaram quando quiserem".

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