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Catar condena casal à prisão por morte da filha adotiva

Tribunal do Catar condenou um casal de americanos a três anos de prisão por ter provocado a morte de sua filha adotiva de 8 anos

O casal Matthew e Grance Huang: os dois americanos serão expulsos do Catar quando tiverem cumprido sua pena (Victoria Baux/AFP)

O casal Matthew e Grance Huang: os dois americanos serão expulsos do Catar quando tiverem cumprido sua pena (Victoria Baux/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 10h25.

Doha - Um tribunal do Catar condenou nesta quinta-feira um casal de americanos a três anos de prisão por ter provocado a morte de sua filha adotiva de 8 anos, nascida em Gana.

Matthew e Grace Huang também deverão pagar uma multa de 15.000 riais (4.100 dólares) cada um, segundo um veredicto pronunciado pelo juiz do tribunal de Doha.

Este magistrado não informou as acusações exatas pelas quais o casal foi condenado, acrescentando que os dois americanos serão expulsos do país quando tiverem cumprido sua pena.

Os Huang têm 15 dias para apelar, segundo o tribunal.

No dia 5 de fevereiro, o Tribunal rejeitou o pedido do casal, que havia sido colocado em liberdade em novembro passado, de abandonar o Catar para se reunir com seus dois outros filhos nos Estados Unidos.

Matthew Huang, um engenheiro que trabalhava desde 2012 em projetos de infraestrutura para o Mundial de futebol de 2022, e sua esposa foram presos após a morte, em janeiro de 2013, de sua filha adotiva Gloria, que tinha oito anos e, segundo a família, tinha problemas de alimentação.

O casal foi acusado pela justiça de ter matado de fome sua filha para vender seus órgãos.

Os dois americanos afirmaram que eram inocentes.

O procurador-geral havia pedido a pena de morte contra o casal.

"Perdemos nossa filha (...) e este tribunal nos roubou um ano de nossas vidas. Somos inocentes, nos sentimos como se tivessem nos sequestrado. Só queremos voltar para casa", declarou Matthew Huang aos jornalistas após a audiência.

A menor, que vivia em um orfanato de Gana, tinha problemas de alimentação devido "à situação de pobreza extrema que vivenciou durante sua infância", segundo um site de partidários do casal.

Os dois outros filhos dos Huang, também adotados e de origem africana, obtiveram em outubro autorização para viajar aos Estados Unidos na companhia de sua avó.

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