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Catalunha nega que Bélgica tenha alertado sobre mentor de ataques

Ministro de Interior do governo regional da Catalunha, Joaquim Forn, negou que a polícia local tenha cometido um "erro" nesse contato informal com os belgas

Segundo a imprensa espanhola, a polícia dessa cidade belga teria comunicado há 17 meses à polícia da Catalunha que suspeitava sobre o mentor do ataque (Sergio Perez/Reuters)

Segundo a imprensa espanhola, a polícia dessa cidade belga teria comunicado há 17 meses à polícia da Catalunha que suspeitava sobre o mentor do ataque (Sergio Perez/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 09h30.

Cambrils - A polícia da Bélgica se limitou a pedir às forças de segurança da Catalunha, de forma informal, dados do imã Abdelbaki Es Satty, considerado o cérebro dos atentados de Barcelona e Cambrils, mas sem fazer alertas sobre ele.

Em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, o ministro de Interior do governo regional da Catalunha, Joaquim Forn, negou que a polícia local tenha cometido um "erro" nesse contato informal com os agentes de Vilvoorde, na Bélgica.

Segundo a imprensa espanhola, a polícia dessa cidade belga teria comunicado há 17 meses à polícia da Catalunha que suspeitava sobre El Satty, que morou em Vilvoorde no início de 2016.

No entanto, Forn disse que as autoridades catalãs não foram informadas em nenhum momento que o imã estava sendo investigado ou era perigoso.

O ministro regional também reforçou que não havia dados sobre Es Satty nos arquivos das forças de segurança locais.

Forn se disse preocupado e criticou alguns veículos de imprensa da Espanha que, segundo ele, querem "sujar" e "desacreditar" o trabalho dos policiais.

Segundo ele, se o pedido de informação tivesse sido formal, teria que ter sido feito através do Ministério do Interior da Espanha, já que as autoridades regionais do país não podem ter relação direta com as forças de segurança estrangeiras.

Fontes do Ministério do Interior da Catalunha confirmaram à Agência Efe que um agente da polícia de Vilvoorde enviou em março de 2016 um e-mail ao comando da Polícia da Catalunha perguntando sobre dados do imã, mas não havia informações nos arquivos.

As fontes destacaram que a comunicação não ocorreu por nenhum canal oficial.

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