Ariel Castro conversa com a defensora pública: durante a audiência, ele permaneceu de pé e algemado, olhando para o chão (Matt Sullivan/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2013 às 12h32.
Cleveland - O americano de origem porto-riquenha Ariel Castro compareceu nesta quinta-feira ante um tribunal de Ohio (norte) para enfrentar acusações de estupro e sequestro de três mulheres mantidas em cativeiro em sua residência durante uma década.
Ariel, de 52 anos, um ex-motorista de ônibus escolar, não se pronunciou durante a audiência, e permaneceu de pé e algemado, olhando para o chão.
O tribunal ditou uma fiança de dois milhões de dólares, o que fará com que Ariel permaneça preso.
A respeito desta fiança, sua advogada de defesa, Kathleen DeMetz, comentou que Ariel recebe seguro desemprego e não tem como pagar. Além do mais, não tem condenações anteriores por delitos graves.
O promotor do caso, Brian Murphy, destacou que as acusações contra Ariel Castro "baseiam-se em decisões premeditadas para sequestra três jovens mulheres das ruas de South Side de Cleveland".
"Duas das vítimas sofreram uma experiência horrenda durante mais de uma década, a terceira por quase uma década, e a dura experiência resultou numa menina que, aparentemente, nasceu durante o cativeiro de uma das mulheres", acrescentou.
"E, além disso, junto com o cativeiro, houve repetidas agressões. Foram atacadas e impedidas e abusadas sexualmente, basicamente sem jamais serem livres para deixar a residência", assinalou.
A juíza do tribunal municipal, Lauren Moore, fixou os termos da fiança e instruiu para que Castro não tenha contato algum com suas supostas vítimas.
Depois da audiência, DeMetz disse aos jornalistas que Castro corria o risco de cometer suicídio e que devia ser colocado sob vigilância especial quando for levado para a prisão do condado.