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Casos globais de coronavírus ultrapassam os 25 milhões

Dados mostraram um crescimento global estável, conforme o epicentro da doença muda mais uma vez, com a Índia ocupando o lugar dos EUA e da América Latina

Teste de coronavírus: o ritmo global de novas infecções se estabilizou, conforme aponta levantamento (Aly Song/Reuters)

Teste de coronavírus: o ritmo global de novas infecções se estabilizou, conforme aponta levantamento (Aly Song/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de agosto de 2020 às 15h55.

Última atualização em 30 de agosto de 2020 às 16h04.

Os casos de coronavírus no mundo passaram de 25 milhões neste domingo, de acordo com levantamento da Reuters, enquanto a Índia registrou um recorde mundial de novos casos diários em meio à pandemia da Covid-19.

Os dados mostraram um crescimento global estável, conforme o epicentro da doença muda mais uma vez, com a Índia agora ocupando o lugar dos Estados Unidos e da América Latina.

O registro na Índia de 78.761 novas infecções por coronavírus em um só dia, divulgado neste domingo, ultrapassou o registro de 77.299 casos relatado pelos Estados Unidos em meados de julho. O aumento no país do sul asiático elevou o número de casos globais para 25.074.751.

O número oficial de casos de coronavírus é agora pelo menos cinco vezes maior que o número de doenças graves oriundas do vírus influenza registradas anualmente, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em todo o mundo, já ocorreram mais de 840.000 mortes, considerado um indicador mais lento dado o período de incubação de duas semanas do vírus. Essa contagem já ultrapassa os registros estimados de 290.000 a 650.000 mortes anuais relacionadas à gripe.

A Índia, o segundo país mais populoso do mundo, está em terceiro atrás de Estados Unidos e Brasil em número total de casos, mas tem ultrapassado consistentemente ambos em novos casos diários desde 7 de agosto, de acordo com o levantamento da Reuters.

Apesar do aumento do número de casos, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, tem pressionado pelo retorno à normalidade de forma a diminuir a crise econômica da pandemia, depois de impor uma quarentena restrita para seus 1,3 bilhão de habitantes em março.

O governo anunciou no sábado que vai reabrir as redes de trens subterrâneos --que são utilizadas por milhões na capital Nova Délhi-- e permitir eventos esportivos e religiosos de forma limitada a partir do próximo mês.

A América Latina é a região com mais infecções no mundo, embora alguns países da região estejam começando a apresentar um ligeiro declínio nos contágios.

Nos Estados Unidos, as métricas sobre novos casos, mortes, hospitalizações e taxas de positividade em testes estão diminuindo, mas existem pontos emergentes da doença no Meio-Oeste do país.

O ritmo global de novas infecções se estabilizou um pouco. Demorou cerca de três semanas para que o número de casos saltasse de 20 para 25 milhões. Comparado com os 19, 24 e 39 dias que foram necessários para, respectivamente, aumentarem 5 milhões de casos ao levantamento global quando este chegou aos 20 milhões, 15 milhões e 10 milhões.

A taxa de novos casos diários desacelerou para cerca de 1,2% em relação a agosto até agora. Isso ante 1,7% em julho, 1,8% em junho, 2,1% em maio, 4,6% em abril e 7,7% em março.

Especialistas em saúde enfatizam que os dados oficiais quase certamente subnotificam tanto infecções quanto mortes, especialmente em países com capacidade limitada de testes.

Embora a trajetória da covid-19 ainda esteja muito aquém da gripe espanhola de 1918, que infectou cerca de 500 milhões de pessoas, matando pelo menos 10% dos pacientes, os especialistas temem que os dados disponíveis minimizem o verdadeiro impacto da pandemia.

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