Equador: governo tem dificuldade em impor medidas de distanciamento social pelo país (Francisco Macías/Getty Images)
Reuters
Publicado em 20 de abril de 2020 às 17h34.
Nesta segunda-feira (20), o Equador relatou mais de 10 mil casos de coronavírus, sendo a quarta maior cifra da América Latina. A doença está devastando a economia do país produtor de petróleo.
Nas últimas semanas, a pandemia sobrecarregou as autoridades sanitárias de Guayaquil, a maior cidade e o centro do surto no país, onde corpos permaneceram nas casas ou nas ruas durante horas.
O Equador registrou seu primeiro caso de coronavírus no dia 29 de fevereiro e demorou 24 dias para chegar a mil casos, sete dias para alcançar 2 mil, oito dias para dobrá-los para 4 mil e mais oito dias para voltar a dobrá-los para 8 mil, de acordo com uma contagem da Reuters.
Segundo o Ministério da Saúde, o país registra um total de 507 mortes. Autoridades disseram acreditar que outras 82 pessoas morreram devido ao vírus, mas os casos nunca foram confirmados.
O governo equatoriano informou que os casos confirmados estão, na maioria, "estáveis em isolamento domiciliar", acrescentando que foram coletadas 32.453 amostras para detectar a Covid-19.
O número de infecções vem aumentando constantemente no país, apesar das restrições à circulação e à quarentena em vigor há um mês.
"Contanto que as pessoas cumpram este isolamento de uma maneira disciplinada e comprometida, conseguiremos conter o contágio", disse o vice-ministro da Saúde, Xavier Solórzano, em uma coletiva de imprensa.
O governo tem tido dificuldade em impor as medidas em várias partes do país, onde pessoas infectadas foram flagradas circulando em ruas e shopping centers.