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Casos de coronavírus aumentam na Itália, Coreia e Irã, mas China tem queda

Onda de casos fora da China continental provocou quedas acentuadas nos mercados globais de ações e nos futuros Wall Street

Equipe médica em hospital de Wuhan: China relaxou algumas restrições a viagens, inclusive em Pequim, já que casos diminuíram (China Daily/Reuters)

Equipe médica em hospital de Wuhan: China relaxou algumas restrições a viagens, inclusive em Pequim, já que casos diminuíram (China Daily/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de fevereiro de 2020 às 11h35.

PEQUIM/SEUL - Itália, Coreia do Sul e Irã relataram aumento acentuado nas infecções por coronavírus nesta segunda-feira, provocando preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas a China relaxou algumas restrições a viagens, inclusive em Pequim, já que taxa de novas infecções lá diminuiu.

O vírus colocou cidades chinesas em isolamento, interrompeu o tráfego aéreo e bloqueou as cadeias de suprimentos globais, de carros e peças a smartphones.

A onda de casos fora da China continental provocou quedas acentuadas nos mercados globais de ações e nos futuros Wall Street, enquanto os investidores buscam ativos seguros. O ouro atingiu a máxima de sete anos, o petróleo caiu quase 4% e o won coreano caiu para o nível mais baixo desde agosto.

Mas o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, alertou para não tirar conclusões precipitadas sobre o impacto na economia global ou nas cadeias de suprimentos, dizendo que era muito cedo para saber.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse não ter mais um processo para declarar uma pandemia, mas que o surto de coronavírus continua sendo uma emergência internacional.

"Estamos especialmente preocupados com o rápido aumento de casos no... Irã, Itália e República da Coreia", disse o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva na Suécia, por meio de um link de vídeo de Genebra.

A Coreia do Sul registrou 231 novos casos, totalizando 833. Muitos estão em sua quarta maior cidade, Daegu, que ficou mais isolada com a Asian Airlines e a Korean Air suspendendo voos para lá até o próximo mês.

O Irã, que anunciou seus dois primeiros casos na quarta-feira passada, afirmou ter 43 casos confirmados e oito mortes. A maioria das infecções ocorreu na cidade sagrada muçulmana xiita de Qom.

Mais casos apareceram do Oriente Médio, Bahrein e Iraque relataram seus primeiros casos e o Kuwait registrou três casos envolvendo pessoas que estiveram no Irã.

Arábia Saudita, Kuwait, Iraque, Turquia, Paquistão e Afeganistão impuseram restrições a viagens e imigração do Irã. O Afeganistão também relatou seu primeiro caso, disseram autoridades.

A OMS vem dizendo há semanas que teme que a doença atinja países com sistemas de saúde fracos.

O maior surto da Europa está na Itália, com cerca de 150 infecções - em comparação com apenas três antes da sexta-feira - e uma quinta morte.

Mas houve algum alívio para a China, já que mais de 20 jurisdições, incluindo Pequim e Xangai, não informaram nenhuma nova infecção, melhor resultado desde que o surto começou.

Excluindo a província central de Hubei, centro do surto, a China continental informou 11 novos casos, menor quantidade desde que a autoridade nacional de saúde começou a publicar dados diários em 20 de janeiro.

O coronavírus infectou quase 77 mil pessoas e matou mais de 2.500 na China.

No geral, a China informou 409 novos casos, contra 648 um dia antes, levando o número total de infecções a 7.150 em 23 de fevereiro. O número de mortos subiu em 150, para 2.592.

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