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Casos de coqueluche se multiplicam na China e acendem alerta para epidemia

Casos da doença se multiplicaram por vinte no começo do ano em comparação a 2023

Publicado em 11 de abril de 2024 às 07h30.

Última atualização em 11 de abril de 2024 às 07h31.

A coqueluche tem se tornado um problema significativo na China. Em comparação com o mesmo período do ano passado, os meses de janeiro e fevereiro de 2024 apresentaram um crescimento de mais de vinte vezes na incidência da chamada 'tosse comprida'. Por ora, foram registradas 13 mortes, de acordo com a autoridade chinesa de controle de doenças.

Altamente infecciosa e espalhada principalmente via gotículas respiratórias, a coqueluche é uma das principais causas de mortalidade infantil pelo mundo, ainda segundo a autoridade. Trata-se de uma doença de recuperação demorada, sendo que seus sintomas podem durar de seis a dez semanas.

A forma mais efetiva de prevenir a coqueluche é por meio da vacinação durante a infância. No entanto, conforme se envelhece, a proteção contra a doença parece decair.

A tosse comprida vem crescendo na China desde 2014. Em 2019, foram mais de 30 mil casos registrados -- número que se aproximou dos 40 mil anuais em 2022 e 2023.

Mas o país não é o único a apresentar aumentos na incidência da coqueluche. Segundo o site Politico, em 2023, 853 casos da doença foram constatados na Inglaterra. Contudo, apenas em fevereiro de 2024, 913 pessoas apresentaram tosse comprida.

O caso chinês, porém, é mais grave. A China tem sofrido com epidemias de doenças respiratórias que vão desde a coqueluche até a gripe ou doenças similares à pneumonia.

Algumas pesquisas apontam que a contração da Covid-19, que assolou a nação como nenhuma outra, pode resultar em uma disfunção imunológica que explicaria o aumento de outras infecções. Uma alternativa é a contração da Covid-19 simultaneamente à de outras doenças, o que pode ser bastante comum, segundo estudos.

"É preciso muita atenção para prevenir e controlar a propagação da coqueluche na China", afirmou o diretor do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças em uma conferência em março.

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