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Caso Epstein: Bill e Hillary Clinton são intimados a depor no Congresso dos EUA

Comitê republicano quer ouvir Clintons, Ghislaine Maxwell e antigos membros da cúpula democrata

Bill e Hillary Clinton: casal deve depor no Congresso dos EUA sobre a relação com Epstein nos dias 9 e 14 de outubro.  (Kevin Dietsch/Getty Images)

Bill e Hillary Clinton: casal deve depor no Congresso dos EUA sobre a relação com Epstein nos dias 9 e 14 de outubro. (Kevin Dietsch/Getty Images)

Estela Marconi
Estela Marconi

Freelancer

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 14h37.

O ex-presidente Bill Clinton e sua esposa, Hillary Clinton, foram intimados a depor no Congresso dos Estados Unidos como parte de um novo desdobramento da investigação envolvendo o criminoso sexual Jeffrey Epstein.

Segundo o deputado republicano James Comer, Hillary deverá se apresentar em 9 de outubro, enquanto Clinton foi convocado para depor no dia 14 do mesmo mês. Ambos serão ouvidos pelo Comitê de Supervisão da Câmara, presidido por Comer, que conduz uma ofensiva contra antigos aliados democratas.

Pressão sobre Trump reacende o caso

O caso voltou a tona após aliados do presidente Donald Trump cobrarem mais transparência do governo. Parte da base conservadora acredita que informações cruciais sobre Epstein seguem sob sigilo, apesar da conclusão oficial do Departamento de Justiça de que ele cometeu suicídio em 2019.

Epstein, um financista bilionário, aguardava julgamento por tráfico sexual de menores quando foi encontrado morto em sua cela. O Departamento de Justiça nega que exista uma “lista de clientes” secreta, como alegam teorias populares entre apoiadores de Trump.

O antigo líder do DOGE e atual desavença do republicano, Elon Musk, chegou a insinuar que o nome do presidente estaria presente na lista.

Comitê quer ouvir também Comey, Mueller e ex-secretários de Justiça

Além dos Clintons, o comitê planeja convocar outros nomes de peso ligados a governos anteriores. Também estão na mira o ex-diretor do FBI James Comey, o ex-procurador especial Robert Mueller e seis ex-secretários de Justiça: Loretta Lynch, Eric Holder, Merrick Garland, Bill Barr, Jeff Sessions e Alberto Gonzales.

Em uma carta enviada a Bill Clinton, o deputado relata que o ex-presidente reconheceu que "viajou no avião particular de Jeffrey Epstein quatro vezes entre 2002 e 2003." Ele ainda menciona fotos de Clinton recebendo uma “massagem” de uma das vítimas durante uma dessas viagens.

Comer questiona se Clinton visitou a ilha particular de Epstein no Caribe, onde teriam ocorrido abusos sexuais, e menciona uma suposta pressão exercida por ele para impedir que a revista Vanity Fair publicasse denúncias contra seu “bom amigo”, segundo o deputado.

Parlamentares querem ouvir Ghislaine Maxwell

O comitê também solicitou ao Departamento de Justiça registros das comunicações de Epstein com o ex-presidente Joe Biden e integrantes do atual governo democrata. Além disso, também há planos de convocar Ghislaine Maxwell, cúmplice de Epstein, condenada em 2021 a 20 anos de prisão por recrutar menores para o esquema de exploração sexual.

Mesmo com Trump pedindo que a população “vire a página” sobre o assunto, parlamentares democratas e parte da bancada republicana tentam obrigar o governo a divulgar todos os detalhes do caso.

*Com informações da AFP

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