Vista de uma janela para comunidade devastada pelo Katrina: Pitt doou US$ 5 milhões para a reconstrução de bairro e apostou por levantar casas sustentáveis (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 16h05.
Washington - Cerca de 30 casas ecológicas das 100 que o ator Brad Pitt reconstruiu em Nova Orleans após as inundações de setembro de 2005 causadas pelo furacão Katrina sofrem com umidade e um tipo especial de madeira empregada na construção está apodrecendo.
Segundo informou a imprensa local, os responsáveis do projeto, denominado "Faz o bem", que Pitt criou para reabilitar um dos bairros mais afetados pelos efeitos do Katrina, estão processando o fabricante do material que foi empregado nos alpendres e escadas exteriores das casas.
Pitt doou US$ 5 milhões em 2007 para a reconstrução deste bairro e apostou por levantar casas sustentáveis, com painéis solares e coletores de água da chuva, que dois anos depois foram distintas pela Iniciativa Global Clinton como "a maior comunidade de casas unifamiliares ecológicas do mundo".
Em 30 das casas, construídas entre 2008 e 2010, foi utilizado um material conhecido como TimberSIL, feito de madeira fundida com vidro e tratada com uma barreira frente à deterioração "sem ingredientes tóxicos", segundo o fabricante, uma empresa da Carolina do Sul.
Essas casas mostram agora manchas cinzentas e negras e, além disso, alguns moradores que vivem nelas denunciaram que as tábuas de madeira se estão amassando e que estão começando a aparecer fungos, apesar ter uma garantia de 40 anos.
Em comunicado, Brad Pitt afirmou que "Faz o Bem" atuará rapidamente para "corrigir" esta deterioração e destacou que seu projeto "é ambicioso e tenta coisas novas todo o tempo para fazer nossas casas melhores".
"Por ser mais sustentáveis e verdes, não quisemos usar tablados de madeira que usassem produtos químicos", assinalou a porta-voz de "Faz o Bem" Taylor Royle ao jornal local "The Advocate", e acrescentou que, no entanto, este material "não foi capaz de agüentar a umidade, o que obviamente é um grande problema em Nova Orleans".