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Casal que manteve 13 filhos em cativeiro comparece ante tribunal

David Allen Turpin, de 57 anos, e sua mulher, Louise Anna Turpin, de 49, moravam em uma casa ao sul da Califórnia que tinha o registro de uma escola

David Turpin e Louise Turpin: os 13 irmãos encontrados em cativeiros têm idades que vão dos dois aos 29 anos (Riverside County Sheriff's Department/AFP)

David Turpin e Louise Turpin: os 13 irmãos encontrados em cativeiros têm idades que vão dos dois aos 29 anos (Riverside County Sheriff's Department/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 11h22.

Última atualização em 18 de janeiro de 2018 às 18h25.

O casal da Califórnia que manteve seus 13 filhos acorrentados e sem alimentação se apresentarão ao tribunal nesta quinta-feira (18), quando as autoridades darão uma coletiva de imprensa sobre o caso que abalou o país.

David Allen Turpin, de 57 anos, e sua mulher, Louise Anna Turpin, de 49, moravam em uma casa ao sul da Califórnia que tinha o registro de uma escola. Em vez de material de ensino, os investigadores encontraram sinais de tortura no local.

Os oficiais encarregados da investigação anunciaram uma coletiva de imprensa para as 13h (de Brasília). O tribunal deve anunciar as acusações algumas horas depois.

David e Louise Turpin foram indiciados por suspeita de tortura e maus-tratos e tiveram a fiança estabelecida em 9 milhões de dólares cada um. Nenhum dos dois ofereceu qualquer explicação para seus atos.

Os 13 irmãos encontrados em cativeiros têm idades que vão dos dois aos 29 anos. Foram internados para tratamento e acompanhamento psicológico, devido ao estado de subnutrição e falta de higiene em que foram achados.

A irmã de 17 anos que conseguiu avisar a emergência tem uma compleição física tão atrofiada que os policiais acreditaram se tratar de uma menina de dez anos. O mesmo aconteceu com os demais irmãos.

Apesar do quadro chocante, o chefe-executivo do centro médico regional de Corona, Mark Uffer, afirmou que a condição dos 13 irmãos é estável.

A polícia também informou que não há indicações de abusos sexuais, mas enfatizou que a investigação ainda é preliminar.

Também não há, por ora, indicações de doença mental, ou que os irmãos estivessem condicionados a algum tipo de crença religiosa dos pais.

 

 

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