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Casal é preso nos EUA por ameaçar família negra de morte

Em 2015, o casal invadiu a festa de aniversário de um garoto de 8 anos, proferindo insultos racistas e fazendo ameaças de morte a ele e à sua família

Justiça: o grupo já tinha sido detido em pelo menos duas ocasiões anteriores (GettyImages)

Justiça: o grupo já tinha sido detido em pelo menos duas ocasiões anteriores (GettyImages)

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EFE

Publicado em 1 de março de 2017 às 08h24.

Última atualização em 1 de março de 2017 às 08h29.

Atlanta (EUA) - Um homem na Geórgia (EUA) foi sentenciado a 20 anos de prisão, e sua companheira a 15 anos, por acossar e ameaçar de morte um menor negro e sua família, informou nesta quarta-feira o Escritório da Promotoria do Condado de Douglas.

José "Joe" Ismael Torres, de 26 anos, e Kayla Rae Norton, de 25 anos, foram sentenciados a 20 anos e 15 anos, respectivamente, por acusações de assalto agravado, ameaças terroristas e violação da Lei de Gangues da Geórgia pelo crime cometido em 2015.

Torres deverá cumprir pelo menos 13 dos 20 anos de sentença em prisão, enquanto Norton deverá passar pelo menos 6 dos 15 anos de sua pena atrás das grades.

De acordo com vídeos e documentos apresentados na corte, o casal invadiu o local onde era comemorado o aniversário do menor de 8 anos, que estava junto com a família, quando fizeram ameaças de morte, enquanto proferiam insultos racistas, ondeavam bandeiras confederadas e Torres apontava uma arma à família.

No dia do incidente, Norton e Torres faziam parte de um grupo denominado "Respect the Flag" ("Respeita a Bandeira") que realizava um encontro a favor da bandeira confederada em um parque próximo à casa da família acossada.

De acordo com dados apresentados na corte por David Emadi, da Promotoria do Condado de Douglas, onde ocorreu o incidente, o grupo já tinha sido detido em pelo menos duas ocasiões anteriores por acossar e insultar residentes negros da zona.

"Este caso não se trata da Primeira Emenda ou do direito de alguém a ondear uma bandeira confederada... Este caso é sobre o direito fundamental que todas as pessoas têm em nossa comunidade para viver livres do medo de que em qualquer momento serão agredidos, ameaçados e possivelmente mortos simplesmente pela cor de sua pele", indicou Emadi em seu argumento final perante o júri.

"Este caso trata do direito a vivermos livres do medo à violência e da perseguição de pistoleiros como Torres e Norton e seus amigos da Supremacia Branca que acreditam ter direito a incomodar qualquer um que seja diferente deles", acrescentou na nota da sentença publicada pela Promotoria em sua página de Facebook.

Após a sentença, Norton pediu perdão à mãe do menor pelo ocorrido.

"Quero que saibam que essa não sou eu. Essa não sou eu, esse não é ele", disse a mulher chorando.

"Eu nunca me aproximaria do senhor e lhe diria essas palavras. Sinto muito que isto tenha ocorrido. Sinto muito", acrescentou.

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