Melania Geymonat e sua namorada Chris foram atacadas na madrugada do dia 30 de maio (Facebook/Reprodução)
EFE
Publicado em 7 de junho de 2019 às 10h44.
Última atualização em 7 de junho de 2019 às 12h31.
Londres — Um casal de lésbicas ficou ferido após ser alvo de um ataque homofóbico e misógino cometido por um grupo de homens em um ônibus de Londres, segundo publicou nesta sexta-feira a imprensa do Reino Unido.
Melania Geymonat, uma comissária de bordo da Ryanair, de nacionalidade uruguaia de 28 anos, escreveu na sua conta do Facebook que a agressão física e verbal que sofreu de quatro jovens contra ela e sua namorada, a americana Chris, aconteceu quando elas estavam na parte de cima do veículo durante a madrugada do dia 30 de maio.
As duas foram atacadas quando os homens perceberam que eram um casal e começaram a repreendê-las, pedindo-lhes que se beijassem e fazendo, ao mesmo tempo, gestos sexuais para elas.
As jovens, que terminaram cobertas de sangue em consequência dos golpes recebidos, tiraram fotos após o ataque que posteriormente postaram nas redes sociais denunciando o ataque.
"Em uma tentativa de acalmar as coisas, comecei a brincar. Pensei que isto ia fazer eles irem embora (os agressores). Chris inclusive fingiu que estava doente, mas continuaram nos acossando e jogando atirando moedas cada vez de forma mais exaltada", contou Geymonat na sua página do Facebook.
"A lembrança seguinte é que Chris está no meio do ônibus lutando com eles. Em um impulso, me aproximo e vejo que ela tem o rosto cheio de sangue e que três deles estão a atacando", continuou Geymonat.
A jovem uruguaia também lembra que ela também recebeu socos, e que ficou enjoada ao ver o sangue e caiu.
"Não me lembro se perdi ou não a consciência. De repente, o ônibus tinha parado, a polícia estava lá e eu sangrava por todas as partes", disse a jovem, que além de ter o nariz quebrado, teve o telefone e a bolsa roubada pelo agressores antes de fugirem.
Em consequência do acontecido, as jovens tiveram que ser levadas a um hospital para receber tratamento.
Uma delas disse que um dos agressores falava espanhol e que os outros tinham sotaque britânico.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, reagiu ao acontecido com uma mensagem na sua conta do Twitter: "Isto foi um ataque repugnante e misógino. Os crimes de ódio contra a comunidade LGBT+ não serão tolerados em Londres".