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Casa e escritórios de Sarkozy são alvo de buscas

Nicolas Sarkozy se tornou alvo de problemas por suposto financiamento ilegal durante a campanha presidencial

Sarkozy: o ex-presidente, que perdeu a imunidade conferida pelo cargo em 15 de junho, nega ter cometido qualquer delito (Lionel Bonaventure/AFP)

Sarkozy: o ex-presidente, que perdeu a imunidade conferida pelo cargo em 15 de junho, nega ter cometido qualquer delito (Lionel Bonaventure/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 14h06.

Paris - Investigadores policiais realizaram buscas na casa e nos escritórios do ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, nesta terça-feira. A ação faz parte de uma investigação sobre o suposto financiamento ilegal da campanha presidencial de Sarkozy pela herdeira da fábrica de cosméticos L'Oreal, Liliane Bettencourt.

Sarkozy se tornou alvo potencial de problemas legais desde que perdeu a presidência para o socialista François Hollande nas eleições de maio. O ex-presidente, que perdeu a imunidade conferida pelo cargo em 15 de junho, nega ter cometido qualquer delito.

O juiz Jean-Michel Gentil e outros investigadores da unidade de crimes financeiros de Paris realizaram as buscas na casa e escritórios de Sarkozy nesta terça-feira, disse uma fonte em condição de anonimato.

Mensagens enviadas para a equipe de Sarkozy não foram respondidas. As investigações se concentram nas finanças de Bettencourt, a mulher mais rica da França, a herdeira do grupo L'Oreal.

Uma antiga briga de família sobre a fortuna de Bettencourt se transformou, em 2010, numa ampla investigação envolvendo questões políticas. Suspeita-se que Bettencourt tenha fornecido ilegalmente fundos de campana para Sarkozy durante sua campanha em 2007. O ex-presidente nega as acusações.

Um contador de Bettencourt disse em 2010 que em 2007 ela deu € 50 mil em dinheiro para o tesoureiro de campanha de Sarkozy, montante muito além do limite legal para doações individuais, que é de € 4.600.

Um livro lançado no ano passado sugere que o próprio Sarkozy recebeu dinheiro de campanha não declarado, afirmação negada pelo ex-presidente.

O caso também despertou o debate sobre a liberdade de imprensa. O jornal Le Monde abriu um processo acusando o escritório de Sarkozy de usar serviços de contrainteligência para identificar uma fonte que estava vazando informações sobre a investigação. O escritório de Sarkozy disse que nunca deu tais instruções a qualquer agência de inteligência. As informações são da Associated Press.

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