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Casa Branca reage a comentários de Romney

O porta-voz Jay Carney indicou que Barack Obama se considera "o presidente de todos" os americanos, em reação às polêmicas afirmações de Romney

Flores e cartazes de líbios contrários ao ataque ao embaixador Chris Stevens: o porta-voz de Obama disse que admitir a derrota no processo de paz não interessa aos EUA (©AFP / Abdullah Doma)

Flores e cartazes de líbios contrários ao ataque ao embaixador Chris Stevens: o porta-voz de Obama disse que admitir a derrota no processo de paz não interessa aos EUA (©AFP / Abdullah Doma)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 18h03.

Washington - A Casa Branca reagiu nesta terça-feira às declarações feitas pelo candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, durante uma reunião privada para arrecadar fundos captada por uma câmera escondida.

O porta-voz Jay Carney indicou que Barack Obama se considera "o presidente de todos" os americanos, em reação às polêmicas afirmações de Romney sobre a mentalidade de "vítimas" de 47% de seus compatriotas.

"Quando você é presidente dos Estados Unidos, você é o presidente de todos os americanos, não apenas daqueles que votaram por um ou por outro", afirmou Carney durante uma entrevista coletiva à imprensa.

"Vocês ouviram o presidente dizer em diversas ocasiões, porque ele acredita sinceramente, que estamos todos no mesmo barco". Desde o começo de sua carreira nacional, em 2004, "sua mensagem é que o que nos une como americanos é mais forte do que o que nos divide", acrescentou Carney.

Quando Obama "tomou a decisão, contra a opinião de muitos, de salvar o setor automotivo, não se perguntou se os 1,1 milhão de empregos que seriam mantidos correspondiam a pessoas que votaram a seu favor ou contra", ressaltou o porta-voz.

As declarações do porta-voz são uma reação à divulgação de um vídeo, gravado por uma câmera escondida em maio, no qual o candidato republicano Mitt Romney aparece afirmando que "47% (dos americanos) votarão no presidente aconteça o que acontecer".


Essas pessoas, acrescentou, se sentem "vítimas" e acreditam que o governo "deve se ocupar delas, que têm o direito de ter assistência de saúde, alimentação, casa, tudo aquilo que quiserem (...). São pessoas que não pagam impostos".

Reagindo a um segundo trecho das mesmas gravações em que Romney aparece afirmando que "os palestinos não têm interesse algum" pela paz com Israel, Carney disse que a intenção do candidato republicano de não intervir nos esforços pela paz entre palestinos e israelenses, caso seja eleito, mostra uma falta de liderança.

O porta-voz de Obama disse que admitir a derrota no processo de paz não faz parte dos interesses dos Estados Unidos.

"É simplesmente a abordagem incorreta (para o assunto) dizer que não podemos fazer nada a respeito. Isso não é liderança, isso é o oposto de liderança", disse Carney.

O porta-voz indicou que os antecessores imediatos de Obama, o democrata Bill Clinton (1993-2001) e o republicano George W. Bush (2001-2009), também acreditaram que era do interesse dos Estados Unidos se envolver no processo de paz no Oriente Médio.

"Uma paz negociada que forneça segurança a Israel e um Estado para os palestinos faz parte dos interesses dos israelenses e dos palestinos, e dos interesses dos Estados Unidos", disse.

"O presidente continuará perseguindo este objetivo", afirmou.

As tentativas de Obama para obter um progresso nas negociaçõess ficaram estagnadas devido à construção de assentamentos israelenses em territórios que os palestinos veem como parte de seu futuro Estado e a uma profunda desconfiança entre ambas as partes.

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