Mundo

Casa Branca não garante que Trump não usou termo depreciativo com negros

Ex-assessora disse que presidente teria usado palavra "nigger" (depreciativa para negros no país) e que teria gravações como provas

Donald Trump: presidente elevou a controvérsia ao chamar Omarosa de "cadela", "louca" e "chorona" hoje no Twitter (Jonathan Ernst/Reuters)

Donald Trump: presidente elevou a controvérsia ao chamar Omarosa de "cadela", "louca" e "chorona" hoje no Twitter (Jonathan Ernst/Reuters)

E

EFE

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 18h42.

Washington - A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou nesta terça-feira que não pode "garantir" que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não tenha usado alguma vez a palavra "nigger" (depreciativa para negros no país), após a acusação de uma ex-assessora que disse ter gravações que revelam que ele o fez.

"Nunca ouvi ele usar esse termo ou algo parecido", declarou Sanders em entrevista coletiva na Casa Branca.

Entretanto, a porta-voz alegou que não pode "garantir nada", já que não esteve "em todas as reuniões" de trabalho realizadas na mansão presidencial.

A porta-voz respondeu assim às acusações de Omarosa Manigault, a ex-assessora de Trump em temas afro-americanos, que garante ter gravações nas quais o presidente utiliza esta expressão, considerada ofensiva nos Estados Unidos pela forte carga racista.

Sanders lamentou os comentários de Omarosa e criticou a "falta de integridade" da ex-assessora por ter gravado em segredo conversas com o presidente e funcionários do alto escalão do governo.

O próprio Trump elevou a controvérsia ao chamar Omarosa de "cadela", "louca" e "chorona" hoje no Twitter.

Em relação a estes insultos, Sanders disse que o presidente expressava assim sua "frustração" com a ex-funcionária.

Após participar, em 2004, do programa de TV "The Apprentice", apresentado por Trump na rede "NBC", Omarosa tornou-se uma das pessoas de confiança do bilionário, que a contratou quando assumiu a presidência, em janeiro do ano passado.

Ela ocupou o cargo de diretora de Comunicações do Escritório de Relações Públicas da Casa Branca até dezembro, quando pediu demissão por razões que nunca foram esclarecidas.

A ex-assessora publicará nesta semana o seu livro "Unhingued" ("Desequilibrado", em tradução livre), no qual narra o seu período dentro do governo americano.

Acompanhe tudo sobre:Donald TrumpEstados Unidos (EUA)Racismo

Mais de Mundo

Após pagers, Israel faz bombardeio e mata comandante do Hezbollah em Beirute

Dez anos após desaparecimento de 43 estudantes no México, caso segue sem conclusão

O que é PETN, químico altamente explosivo que pode ter sido usado em pagers do Hezbollah

Novo centro de processamento de minerais vai fazer com que o Canadá dependa menos da China