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Casa Branca está aberta a visita de Raul Castro aos EUA

Casa Branca abriu a possibilidade de uma eventual visita do presidente de Cuba, um dia depois do anúncio dos dois países de recompor relações diplomáticas


	Casa Branca, sede do executivo em Washington: "não descartaria uma visita do presidente Castro", disse porta-voz
 (Wikimedia Commons)

Casa Branca, sede do executivo em Washington: "não descartaria uma visita do presidente Castro", disse porta-voz (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 19h32.

Washington - A Casa Branca abriu a possibilidade, nesta quinta-feira, de uma eventual visita do presidente de Cuba, Raul Castro, um dia depois do anúncio dos dois países de recompor suas relações diplomáticas.

"Não descartaria uma visita do presidente Castro", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, que destacou na quarta-feira que uma viagem do presidente Obama à ilha tampouco estaria excluída.

Mas Earnest esclareceu que as duas possibilidades eram "hipotéticas".

Os comentários foram feitos depois que o presidente americano, Barack Obama, e seu colega cubano, Raul Castro, anunciaram nesta quarta-feira uma nova era nas relações bilaterais entre os dois países, deixando para trás um último vestígio da Guerra Fria na América Latina.

Earnest fez uma analogia entre uma possível viagem de Obama a Havana e as visitas feitas pelo presidente americano a China e a Mianmar que, assim como Cuba, são criticados por Washington pela situação dos direitos humanos nestes países.

"O presidente viajou para estes países, tanto porque acreditava que era de interesse para a segurança nacional como também porque viu uma oportunidade importante para aumentar a preocupação sobre a situação dos direitos humanos", destacou o porta-voz.

"Ter uma relação aberta" com líderes de outros países "é uma via útil para iluminar as falhas de outro país nos direitos humanos", acrescentou.

Em seu discurso nesta quarta-feira, Obama disse que a aproximação com Havana abre um "novo capítulo" nas relações bilaterais, mas as preocupações dos Estados Unidos sobre o estado da democracia e os direitos humanos em Cuba persistem.

"Continuaremos discutindo estas diferenças diretamente", disse Obama.

A Casa Branca abriu nesta quinta-feira um site em espanhol que detalha as medidas anunciadas por Obama, que incluem a normalização de relações diplomáticas, aliviar as normas sobre viagens e remessas de dinheiro, a concessão de licenças gerais para as pessoas que quiserem viajar a Cuba e a modificação das normas sobre exportações e importações.

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