Crocus City Hall em chamas após um ataque a tiros, 22 de março de 2024 em Krasnogorsk, um subúrbio de Moscou (AFP Photo)
Redação Exame
Publicado em 22 de março de 2024 às 18h10.
Última atualização em 22 de março de 2024 às 18h23.
A Casa Branca disse não ver sinais de que a Ucrânia esteja por trás do ataque a uma casa de show em Moscou nesta sexta-feira, que deixou pelo menos 40 mortos.
Em coletiva de imprensa, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, afirmou que as autoridades americanas estão apurando informações sobre o caso, mas negou que haja indicativos de envolvimento ucraniano no episódio.
"As imagens são horríveis e difíceis de assistir. Nossos pensamentos obviamente estão com as vítimas desse ataque a tiros terrível", lamentou.
Um grupo de homens armados invadiu um dos principais espaços de shows em Moscou, na Rússia, e abriu fogo contra os frequentadores, na noite desta sexta, 22. Pelo menos 40 pessoas foram assassinadas e mais de 100 ficaram feridas, segundo a imprensa estatal russa.
O espaço, chamado Crocus City Hall, pegou fogo em meio ao ataque. Segundo um repórter da agência Ria Novosti, pessoas em uniformes táticos invadiram a casa de shows e abriram fogo antes de lançar uma granada ou uma bomba incendiária, provocando um incêndio.
Os serviços de resgate, citados pela agência Interfax, relataram que um grupo de duas a cinco pessoas não identificadas, com uniformes de combate e armas automáticas, abriram fogo contra os agentes de segurança na entrada da casa de shows. Em seguida, dispararam contra o público.
Segundo o Ministério de Situações de Emergência, os bombeiros conseguiram evacuar 100 pessoas que estavam no porão do local. Também há operações em curso para salvar pessoas que estão no telhado do prédio.
A agência de notícias TASS indicou que cerca de um terço do prédio pegou fogo.
O Ministério das Relações Exteriores atribuiu a "um atentado terrorista sangrento" a tragédia, que ocorreu em um auditório de Krasnogorsk, um subúrbio no noroeste da capital russa. "Toda a comunidade internacional deve condenar este crime hediondo!", afirmou Maria Zakharova, porta-voz da chancelaria russa, no Telegram.
Ainda não havia informações sobre quem seriam os autores do ataque ou o que teria motivado a ação. Um porta-voz do governo da Ucrânia disse que o país não tem nada a ver com a ação e que nunca foram usados métodos terroristas na guerra contra a Rússia.
*Com informações de Estadão Conteúdo e O Globo.