Trump: no domingo, Trump disse não saber "porque temos que estar ligados a uma política de uma única China" (Carlo Allegri/Reuters)
AFP
Publicado em 12 de dezembro de 2016 às 19h10.
A Casa Branca adotou nessa segunda-feira (12) uma posição abertamente crítica ao presidente eleito, Donald Trump, que ameaçou não reconhecer mais o princípio de "uma só China", e argumentou que Taiwan não devia ser utilizada como moeda de troca para obter concessões de Pequim.
De acordo com o porta-voz presidencial Josh Earnest, Taiwan não pode ser vista como um "alavanca" para fazer pressão sobre Pequim.
Trump sugeriu que Washington deveria abandonar a política de "uma só China" a menos que Pequim aceite renegociar os términos da relação bilateral.
No domingo (11), em declarações à rede de televisão FoxNews, Trump disse não saber "porque temos que estar ligados a uma política de uma única China, a menos que possamos conseguir um novo acordo com a China para obter outras coisas, incluindo questões comerciais".
Essa segunda (12) Trump se reuniu em seu gabinete em Nova York com a empresária e ex-candidata presidencial Carly Fiorina.
Na saída do encontro, Fiorina relatou à imprensa que os dois haviam passado parte da reunião "falando sobre a China, provavelmente nosso mais importante adversário".
Há duas semanas Trump rompeu uma tradição de décadas ao atender uma chamada telefônica da presidenta de Taiwan, Tsai Ing-wen, um gesto que enfureceu o chanceler chinês Wang Yi.
De acordo com repórteres da imprensa local, o contato telefônico com a dirigente taiwanesa havia sido cuidadosamente planejado pela equipe de Trump com intuito de enviar um sinal a Pequim.