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Casa Branca anuncia ajuda modesta à Ucrânia

Primeiro suporte em meses do governo dos EUA incluirá mísseis antiaéreos, munição, projéteis de artilharia e blindados, segundo autoridades

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Andrew Caballero-Reynolds/AFP)

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Andrew Caballero-Reynolds/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 12 de março de 2024 às 20h52.

A Casa Branca anunciou nesta terça-feira, 12,  um pacote de ajuda militar à Ucrânia de US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão), à espera de que o Congresso americano desbloqueie os US$ 60 bilhões (R$ 299 bilhões) solicitados pelo presidente Joe Biden.

A primeira ajuda em meses de Washington, principal aliado de Kiev, incluirá mísseis antiaéreos, munição, projéteis de artilharia e blindados, segundo autoridades. O governo americano advertiu, no entanto, que o novo pacote cobre apenas os gastos de algumas semanas, muito pouco para conter o avanço militar das tropas russas.

"Não é suficiente para atender às necessidades da Ucrânia no campo de batalha e não vai impedir que aquele país fique sem munição nas próximas semanas", ressaltou o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

“Em nome do presidente Biden, anuncio um pacote emergencial de assistência à segurança, de armas e equipamentos no valor de US$ 300 milhões, para atender a algumas das necessidades urgentes da Ucrânia”, disse Sullivan. "O mundo está observando. O tempo passa e precisamos tomar medidas o quanto antes".

Congressistas republicanos bloqueiam o pedido de um pacote de ajuda de 60 bilhões de dólares, seguindo as orientações de Donald Trump, rival de Biden nas eleições presidenciais de novembro.

Funcionários da área da defesa afirmam que conseguiram os US$ 300 milhões economizando em compras recentes do Pentágono, mas ressaltaram a necessidade de o Congresso aprovar os novos fundos.

“É um pacote relativamente pequeno, para dar à Ucrânia o mínimo do que necessita por um curto período de tempo”, comentou um funcionário do alto escalão da defesa, que não quis ser identificado.

O anúncio foi feito no dia em que Biden recebeu na Casa Branca o presidente e o primeiro-ministro da Polônia, para lhes transmitir o apoio dos Estados Unidos à Otan e Ucrânia.

O Departamento de Estado informou ao Congresso hoje que aprovaria quase 3,5 bilhões de dólares em vendas de mísseis à Polônia. Tratam-se de 821 mísseis ar-terra AGM-158B-2 e 745 mísseis ar-ar AIM-120C-8.

Alerta crescente

Os aliados dos Estados Unidos se preocupam com o bloqueio no Congresso e com as ameaças feitas por Trump de cortar os fundos a Kiev se vencer as eleições presidenciais. Além disso, o republicano incentivou a Rússia a invadir os países da Otan que não cumprirem suas metas de gastos com defesa.

Moscou prossegue com sua ofensiva no leste da Ucrânia, onde ganhou terreno. "A Ucrânia não está ficando sem coragem ou tenacidade, e sim sem munição", ressaltou perante o Congresso o diretor da CIA, William Burns.

A guerra despertou temores na Polônia e em outros países do leste europeu de que a Rússia possa atacar um membro da Otan se vencer a guerra na Ucrânia. Antes de viajar a Washington, o presidente polonês pediu que os membros da Otan aumentem os gastos com a defesa para 3%.

“Temos que agir antes que seja tarde demais”, advertiu Biden durante a reunião com o colega polonês. “Putin seguirá em frente, ameaçando a Europa, os Estados Unidos e todo o mundo livre.”

A aliança do Atlântico tem uma meta de gastos com defesa de 2% do PIB, embora a Polônia já gaste cerca de 4% e os Estados Unidos gastem 3,5%.

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