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Carta de passageiras do Titanic é leiloada por £119 mil

A carta foi escrita pelas sobreviventes britânicas Esther Hart e sua filha de sete anos, Eva, que viajavam na segunda classe a caminho do Canadá

Leiloeiro segura carta escrita a bordo do navio Titanic, após 101 anos de seu naufrágio que matou 1.500 passageiros (Matt Cardy / Getty Images)

Leiloeiro segura carta escrita a bordo do navio Titanic, após 101 anos de seu naufrágio que matou 1.500 passageiros (Matt Cardy / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2014 às 16h21.

Londres - Uma carta de uma passageira do Titanic, escrita poucas horas antes de o navio atingir um iceberg e afundar em sua viagem inaugural, foi vendida em um leilão por 119 mil libras esterlinas neste sábado.

Ela foi escrita pelas sobreviventes britânicas Esther Hart e sua filha de sete anos, Eva, que viajavam na segunda classe a caminho do Canadá e de uma nova vida.

A casa de leilões Henry Aldridge and Son disse acreditar que o preço é um recorde para uma carta do Titanic.

"Houve muito interesse", declarou um porta-voz. "Vendemos outras cartas do Titanic, mas nenhuma alcançou um preço como esta".

O Titanic naufragou na noite de 14 de abril de 1912, um domingo, no quinto dia de sua primeira e única viagem de Southampton a Nova York.

Mais de 1.500 passageiros e tripulantes perderam a vida na tragédia, incluindo Benjamin, marido de Hart.

A carta, escrita em um papel especial com o cabeçalho "A Bordo do RMS ‘Titanic'" e com um envelope com a bandeira da linha White Star em alto relevo, deveria ser entregue à mãe de Hart em Chadwell Heath, no leste de Londres.

Ela conta como Esther estava sentindo enjoo e frio na travessia.


"Minhas queridas todas", diz. "Como podem ver, é domingo de tarde e estamos descansando na biblioteca depois do almoço. Passei mal o dia todo, ontem não consegui comer nem beber, enjoada o tempo inteiro, mas hoje me recuperei."

"Os marinheiros dizem que tivemos uma travessia maravilhosa até agora. Não houve tempestade, mas Deus é quem sabe como deve ser quando vem uma. O tempo está ótimo, mas terrivelmente frio e ventoso."

Ela acrescenta: "Eles dizem que podemos chegar a Nova York na noite de terça-feira, mas na verdade deve ser na manhã de quarta. Escreverei assim que chegarmos lá." A carta, com uma saudação alegre da jovem Eva no final, sobreviveu porque estava no bolso do casaco de seu marido, que ele tinha dado à esposa para mantê-la aquecida enquanto o navio era esvaziado.

Esther e Eva, que mais tarde rememoraram os eventos das últimas horas do transatlântico em sua biografia "Sombra do Titanic", foram resgatadas pelo HMS Carpathia.

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