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Carros verdes podem reduzir poluição em 80% até 2050

O estudo prevê futuros automóveis e pequenos caminhões capazes de circular 42,5 quilômetros com um litro de combustível


	Usina de biocombustíveis: e estudo destacou "um potencial muito maior" nos combustíveis produzidos a partir de resíduos de madeira, palha de trigo e milho (biomassa lignocelulósica)
 (Alain Julien/AFP)

Usina de biocombustíveis: e estudo destacou "um potencial muito maior" nos combustíveis produzidos a partir de resíduos de madeira, palha de trigo e milho (biomassa lignocelulósica) (Alain Julien/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2013 às 19h29.

Os carros ecológicos que usam combustíveis alternativos contribuiriam para reduzir as emissões de gases do efeito estufa com deslocamentos diários nos Estados Unidos em 80% até 2050, segundo um estudo científico divulgado esta segunda-feira.

Isto diminuiria em mais de 10% a contaminação total que os Estados Unidos provocam na atmosfera, os carros particulares e os pequenos caminhões são responsáveis por 17% das emissões nacionais de gases de efeito estufa, destacou o estudo.

Embora estes veículos "verdes" custam milhares de dólares a mais do que os convencionais, um fato que poderia desestimular muitos consumidores, os benefícios de longo prazo são maiores que os custos iniciais, destacou o relatório da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NAS, na sigla em inglês).

O estudo prevê futuros automóveis e pequenos caminhões capazes de circular 42,5 quilômetros com um litro de combustível.

Veículos com tecnologias mais eficientes - mais leves, com design mais aerodinâmico - poderiam se combinar com fontes de energia alternativas, como biocombustíveis, eletricidade ou hidrogênio, reduzindo o uso do petróleo em 80% até 2050, ressaltou o informe.

Não há uma única solução prevista, mas entre os combustíveis incluídos estão o etanol e o biodiesel, que já são produzidos em quantidades comerciais. O gás natural foi descartado pois suas emissões de gases de efeito estufa são altas demais.

O estudo também destacou "um potencial muito maior" nos combustíveis produzidos a partir de resíduos de madeira, palha de trigo e milho, conhecidos como combustíveis de biomassa lignocelulósica.

"Este combustível é projetado para ser um substituto direto da gasolina e poderia levar a grandes reduções no uso do petróleo e nas emissões de gases de efeito estufa", afirmou.

O estudo examinou os veículos elétricos híbridos, os veículos elétricos "de tomada" e os veículos elétricos a bateria que já estão no mercado, como o Toyota Prius e o Chevrolet Volt, assim como os veículos elétricos a pilha de hidrogênio, como o Mercedes F-Cell, cujo lançamento ao mercado está previsto para 2014.

Segundo a pesquisa da NAS, durante pelo menos uma década os preços dos veículos permanecerão altos, embora o combustível para fazê-los funcionar seja mais barato e mais ecológico.

Ainda assim, o estudo disse que os benefícios para a sociedade em termos de economia de energia, melhores veículos, redução de consumo de petróleo e baixa das emissões de gases de efeito estufa seriam "muito maiores do que os custos projetados".

As metas estabelecidas serão "difíceis mas não impossíveis de cumprir", desde quando se orientem por fortes políticas nacionais, disse que o estudo patrocinado pelo Departamento de Eficiência e Energias Renováveis do Departamento de Energia dos Estados Unidos.

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