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Carlos "o Chacal" é condenado à prisão perpétua na França

Com a decisão, Ramírez Sánchez, preso na França desde agosto de 1994, recebeu sua terceira condenação à prisão perpétua

O venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como "Carlos, o Chacal", durante julgamento em 28/11/2000 (RTV/Thierry Chiarello/File Photo/Reuters)

O venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como "Carlos, o Chacal", durante julgamento em 28/11/2000 (RTV/Thierry Chiarello/File Photo/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de março de 2017 às 12h07.

Paris - A Justiça francesa condenou nesta terça-feira o terrorista venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como "Carlos, o Chacal", à prisão perpétua por um atentado em Paris, em setembro de 1974, no qual duas pessoas morreram e outras 34 ficaram feridas.

O Tribunal Criminal de Paris comunicou a terceira condenação à prisão perpétua para "Carlos" - atualmente com 67 anos e preso na França desde agosto de 1994 - após quatro horas de deliberação.

O juiz François Sottet explicou que depois deste processo - iniciado em 13 de março -, o tribunal considerou provado que o venezuelano foi responsável pelos quatro crimes pelos quais era acusado.

A principal acusação é dos assassinatos de François Benzo e David Grunberg, após a explosão de uma granada lançada em uma galeria comercial do Boulevard Saint-Germain, em Paris, em 15 de setembro de 1974.

Ele também foi condenado pelos ferimentos causados a 34 pessoas que também estavam no Drugstore Publicis no momento da ação, pelos danos materiais e por posse e transporte de granada.

Antes de o tribunal se retirar para deliberar, Ramírez Sánchez denunciou que o processo foi "absurdo" por ter acontecido quase 43 anos depois dos fatos e, principalmente, porque ele não teve chance de confrontar frente a frente as principais testemunhas.

Nessa mesma linha se pronunciaram após a leitura da sentença seus advogados, que anunciaram a apresentação de um recurso para a organização de um novo julgamento em apelação.

Ilich Ramírez Sánchez está preso há 22 anos, desde que foi capturado no Sudão em uma operação dos serviços secretos. À época, ele já tinha recebido duas sentenças de prisão perpétua: a primeira, em 1997, por ter assassinado dois agentes secretos franceses e um confidente, em 1975, em Paris; e a segunda, confirmada em apelação em junho de 2013, por quatro atentados cometidos na França em 1982 e 1983, nos quais 11 pessoas morreram e cerca de 200 ficaram feridas.

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