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Carlos Menem volta a sentar no banco dos réus na Argentina

Além de Menem, estão acusados ex-ministros de Economia, Domingo Cavallo, e de Defesa, Oscar Camilión, e ex-secretária do Meio Ambiente, María Julia Alsogaray


	Carlos Menem: ele foi investigado em várias causas por supostos atos de corrupção em seu governo
 (Rolando Andrade/AFP)

Carlos Menem: ele foi investigado em várias causas por supostos atos de corrupção em seu governo (Rolando Andrade/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 18h11.

Buenos Aires - O julgamento que investiga o suposto pagamento de salários extras durante o governo de Carlos Menem (1989-1999) começou nesta segunda-feira em Buenos Aires, com o ex-presidente e alguns ex-funcionários do Executivo argentino no banco dos réus.

Além de Menem, estão acusados os ex-ministros de Economia, Domingo Cavallo, e de Defesa, Oscar Camilión, e a ex-secretária do Meio Ambiente, María Julia Alsogaray.

Os ex-funcionários estão acusados do crime de peculato (desvio de fundos públicos), que, segundo a legislação argentina, prevê uma pena de até dez anos de prisão.

Na primeira audiência, as defesas pediram o sobrestamento dos acusados por prescrição do crime e a nulidade do processo.

O julgamento continuará na terça-feira da semana que vem, quando serão respondidos estes pedidos preliminares da defesa.

Na audiência de hoje compareceram Zulemita Menem, filha do ex-presidente argentino, e familiares dos outros acusados.

Pelo contrário, Camilión e Alsogaray alegaram razões de saúde para não comparecer à audiência.

Alsogaray, que recentemente foi condenada a três anos e meio de prisão por irregularidades na contratação de obras, revelou em 2005 detalhes sobre os salários extras que funcionários receberam durante o governo de Menem.

Naquele momento, a ex-funcionária confessou que como secretária de Estado chegou a receber até US$ 40 mil mensais além de seu salário, enquanto no caso dos ministros, a soma extra rondava os US$ 100 mil, segundo revelou.

Menem, que tem privilégios como senador, foi investigado em várias causas por supostos atos de corrupção em seu governo e já foi condenado a sete anos de prisão por venda ilegal de armas ao Equador e à Croácia entre 1991 e 1995.

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