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Carla Bruni nega denúncias de irregularidades contra sua ONG

Primeira-dama da França é acusada de receber verbas públicas

Carla Bruni-Sarkozy garante que não recebeu ajuda do Ministério da Cultura da França (Eric Feferberg/AFP)

Carla Bruni-Sarkozy garante que não recebeu ajuda do Ministério da Cultura da França (Eric Feferberg/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2012 às 09h26.

Paris - A primeira-dama da França, Carla Bruni, negou neste sábado que sua fundação tenha recebido verbas públicas, após uma revista acusá-la de receber irregularmente 3,5 milhões de euros (cerca de US$ 4,45 milhões) do Fundo Mundial de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária.

'A insinuação de que verbas teriam vindo de parceiros públicos é totalmente sem fundamento', indica um comunicado divulgado no site da ONG, que reivindica uma 'contabilidade limpa'.

Em sua nota intitulada 'direito de resposta', a cantora e esposa do presidente francês, Nicolas Sarkozy, sai em defesa das acusações feitas em um artigo de Frédéric Martel, publicada pela revista francesa 'Marianne'.

Carla Bruni garante também que sua fundação nunca recebeu ajuda do Ministério de Cultura da França através do Centro Nacional do Livro. Ela diz ainda que a organização ocupa escritórios pelos quais paga aluguel.

O comunicado de resposta não faz qualquer referência, no entanto, ao Fundo Mundial de Luta contra a Aids, a Tuberculose e a Malária, que constitui o centro da linha de argumento do artigo.

De acordo com Martel, esse fundo, do qual Carla é embaixadora, transferiu o dinheiro 'à margem da legalidade, sem licitação, a pedido da primeira-dama da França e para várias empresas de um de seus amigos'.

A revista refere-se ao músico e empresário Julien Civange, conselheiro e testemunha de casamento de Carla Bruni com o presidente francês, Nicolas Sarkozy.


A cantora alega que sua fundação conseguiu em dois anos e meio cerca de 8 milhões de euros de 'doadores e parceiros', suficientes, segundo ela, para realizar suas ações.

O escândalo ao qual se refere 'Marianne' e do qual ainda não dá muitos detalhes teria custado o posto ao embaixador francês sobre a Aids, Patrice Debré, uma vez que saiu à luz no conselho de administração que essa instituição realizou em Acra (Gana) no final de novembro do ano passado.

A diplomacia francesa, no entanto, atribui a saída de Debré a 'uma mudança de posicionamento do fundo', segundo o jornal 'Libération'.

Carla Bruni-Sarkozy se tornou embaixadora mundial contra a Aids em 2008. Seu irmão tinha morrido vítima da doença. EFE

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