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Cardeal George Pell será sepultado em fevereiro na Austrália

O cardeal ocupou um dos cargos mais altos do Vaticano e foi o primeiro nesta posição a ser preso pelo crime antes de ter suas condenações anuladas por uma apelação do Supremo Tribunal da Austrália

George Pell: A arquidiocese de Sydney informou que irá celebrar uma missa oficial para o eclesiástico no dia 2 de fevereiro (Remo Casilli/Reuters)

George Pell: A arquidiocese de Sydney informou que irá celebrar uma missa oficial para o eclesiástico no dia 2 de fevereiro (Remo Casilli/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de janeiro de 2023 às 10h10.

O cardeal George Pell será sepultado na catedral de Santa Maria em fevereiro, anunciou nesta terça-feira (17) a arquidiocese católica de Sydney, após a morte da controversa figura eclesiástica.

Pell, uma figura de destaque na Igreja Católica, acumulou polêmicas ao ser acusado de assédio sexual contra dois menores enquanto ainda era arcebispo de Melbourne, o que suscitou profunda divisão de opiniões em seu país natal.

O cardeal ocupou um dos cargos mais altos do Vaticano e foi o primeiro nesta posição a ser preso pelo crime antes de ter suas condenações anuladas por uma apelação do Supremo Tribunal da Austrália.

A arquidiocese de Sydney informou que irá celebrar uma missa oficial para o eclesiástico no dia 2 de fevereiro, na catedral da cidade, onde foi arcebispo por 13 anos.

"O cardeal Pell deixou um legado extraordinário para a Igreja Católica na Austrália e este será, sem dúvidas, um dos funerais mais importantes que já foram celebrados na catedral", anunciou o deão Don Richardson.

Milhares de pessoas devem comparecer à cerimônia do cardeal "muito respeitado", segundo Richardson.

Seu corpo ficará em repouso por um dia antes da missa e será sepultado em uma cerimônia privada na cripta da catedral.

O legado de Pell dividiu opiniões na Austrália, com o primeiro-ministro do estado de Victoria, Daniel Andrews, descartando um funeral financiado pelo governo estadual.

"Não haverá memorial nem funeral no Estado pois acredito que seja algo muito repugnante para todos os sobreviventes de abuso sexual infantil pela Igreja Católica", afirmou o premiê à imprensa, na semana passada.

Várias faixas coloridas foram amarradas em cercas no entorno da catedral. O gesto se transformou em uma forma de mostrar solidariedade aos sobreviventes de assédio sexual.

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